PIB do Brasil pode cair 9,1% com nova onda de Covid-19, diz OCDE

  • Por Jovem Pan
  • 10/06/2020 10h44
Marcos Corrêa/PR Ministro da Economia, Paulo Guedes, ressaltou que trocas na pasta não foram motivadas por pressões políticas Paulo Guedes comanda o Ministério da Economia

A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) divulgou projeção nesta quarta-feira (10) que aponta que a economia brasileira deverá ter contração de 7,4% neste ano, podendo chegar a 9,1% de queda caso ocorra uma nova onda da pandemia de Covid-19.

Em novembro do ano passado, na análise semestral anterior, a organização previu que a alta do produto interno bruto (PIB) brasileiro chegaria a 1,7% neste ano e 1,8% em 2021, porcentagem que agora se situa em 2,4% para o ano que vem, no caso de um segundo impacto da doença.

O número total de mortes no país já passa de 38 mil, e o de infectados, 739 mil, de acordo com dados do Ministério da Saúde divulgados nesta terça-feira (9).

Caso o Brasil não registre um novo surto, a OCDE estima que o recuo do PIB poderá ser freado em 2020 e ficar em 7,4%, com uma recuperação progressiva e parcial da economia, que em 2021 cresceria 4,2%.

O chamado “clube dos países ricos” adverte que o Brasil entra em uma “recessão profunda” na qual, segundo a pior projeção, está previsto um índice histórico de desemprego de 15,4% para o ano que vem.

Para a OCDE, a resposta da polícia econômica do governo representou uma “diferença para milhões de famílias vulneráveis, inclusive aquelas sem emprego formal nem proteção social”.

“O apoio deveria continuar enquanto a pandemia restringir as oportunidades de renda”, opinou a entidade, ao recordar que o país ainda se recuperava de uma longa recessão quando veio a crise de saúde.

Segundo a análise da OCDE, as grandes quedas no nível de atividade afetaram o transporte aéreo, o turismo e a restauração, e as turbulências dos mercados financeiros internacionais prejudicaram o Brasil antes que a economia começasse a cair.

Para a entidade, a resposta fiscal deveria ser temporária para preservar os avanços recentes, e deveria ser evitado qualquer gasto adicional não relacionado com esta crise, enquanto a política monetária tem pouco espaço para apoiar a recuperação econômica.

*Com EFE

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