Reunião com o governo não tem acordo e servidores do BC mantêm greve

Paralisação foi iniciada na sexta-feira e já afeta serviços da autarquia; sindicato pede reajuste salarial de 26% e reestruturação de planos de carreira

  • Por Jovem Pan
  • 05/04/2022 12h05 - Atualizado em 05/04/2022 12h26
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Marcello Casal Jr/Agência Brasil Sede do Banco Central, em Brasília Banco Central elabora o Boletim Focus para medir as expectativas econômicas do mercado

O encontro entre representantes do sindicato dos servidores do Banco Central (BC) e do Ministério da Economia encerrou nesta terça-feira, 5, sem acordo e a categoria decidiu manter a greve. A paralisação teve início na sexta-feira, 1º, e já prejudica serviços da autarquia, como a divulgação de estatísticas. Segundo o presidente do Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central (Sinal), Fábio Faiad, o governo federal não apresentou propostas oficiais para encerrar a mobilização. “Como não houve proposta oficial, a nossa resposta vai ser a manutenção e a intensificação da greve”, afirmou. O Executivo foi representado pelo secretário de Gestão de Pessoas do Ministério da Economia, Leonardo Sultani. Em nota, a pasta afirmou que não vai se manifestar. Ainda não há data para um novo encontro.

Segundo o Sinal, a adesão dos grevistas deve chegar a 60%, e 725 comissionados já entregaram os cargos até terça-feira. A entidade que representa os trabalhadores afirma que a manutenção da greve também pode afetar outros serviços do Banco Central, como a plataforma de pagamentos instantâneos Pix e a distribuição de moedas e cédulas. Os trabalhadores pedem reajuste salarial de 26,3% e reestruturação de planos de carreira. O movimento iniciou no fim de 2021 após a indicação do governo federal de promover reajustes apenas para servidores da Polícia Federal (PF), Polícia Rodoviária Federal (PRF) e Departamento Penitenciário Nacional (Depen). A sinalização levou à mobilização de diversas categorias do funcionalismo público e obrigou o Executivo recuar na decisão.

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