Sanções terão impacto maior do que guerra, prevê Banco Mundial

Instituição deve enviar montante de US$ 3 bilhões em apoio à Ucrânia nos próximos meses

  • Por Jovem Pan
  • 15/03/2022 11h06
EFE David Malpass David Malpass é o atual presidente do Banco Mundial

Pensando na escalada de sanções de países ocidentais contra o governo e empresas da Rússia, o presidente do Banco Mundial, David Malpass, pediu nesta segunda-feira, 14, que as pessoas não façam estoques de alimentos e gasolina, mesmo com o aumento nos preços. Segundo Malpass, as sanções seriam um impacto maior na produção econômica global do que a própria guerra. Ele disse esperar uma resposta robusta dos produtores de todo o mundo para aumentar os suprimentos, conforme o necessário, e que não vê necessidade das pessoas fazerem estoques extras em suas cozinhas ou restaurantes. Também nesta segunda, o Banco Mundial disse que queria disponibilizar quase US$ 200 milhões em financiamento para reforçar os serviços sociais da Ucrânia e atender pessoas em situação de vulnerabilidade. O valor se soma aos US$ 723 milhões já aprovados na semana passada. O financiamento faz parte de um pacote de apoio à Ucrânia, no montante de US$ 3 bilhões, que o organismo já anunciou para os próximos meses.

A União Europeia aprovou nesta segunda-feira novas sanções contra a Rússia. As sanções incluem o magnata Roman Abramovich. Segundo as medidas que entrarão em vigor quando forem publicadas no diário oficial da União Europeia, os bens do magnata russo fora do território do bloco, incluindo iates e mansões de luxo, poderão ser confiscados. Reino Unido e Canadá já incluíram Abramovich em suas próprias listas de cidadãos russos sancionados. Segundo os diplomatas, a razão declarada para sancionar Abramovich é que ele é um oligarca russo que tem laços estreitos e de longa data com Vladimir Putin. No final de semana, o iate Solaris, que tem 140 metros de comprimento, de propriedade de Abramovich, foi visto chegando a um porto de Montenegro, país que não faz parte da União Europeia.

Segundo o Pentágono, a Rússia já perdeu 10% de suas tropas na invasão à Ucrânia. O Departamento de Defesa norte-americano informou ainda que os russos já dispararam mais de 900 mísseis contra o território ucraniano. Nesta segunda-feira, 14, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, disse que a Rússia perdeu mais soldados em 19 dias na Ucrânia que em 2 anos na guerra da Chechênia. O número, no entanto, não pode ser confirmado. Em um pronunciamento transmitido pela internet, Zelensky afirmou que as forças russas perderam quase uma centena de helicópteros, 80 aviões de guerra e centenas de tanques.

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