Se bem explicado, regime de capitalização será aprovado pelo Parlamento, diz Marinho

  • Por Jovem Pan
  • 08/04/2019 11h31
Agência Brasil marinhi O secretário especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia, Rogério Marinho

O secretário especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia, Rogério Marinho, afirmou que o regime de capitalização, se bem explicado, vai sensibilizar o Parlamento e será aprovado. Na semana passada, o presidente Jair Bolsonaro admitiu que o modelo poderia ficar fora da reforma da Previdência e ser discutido em um segundo momento.

Em entrevista à Globo News, Marinho citou a possibilidade de estabelecer alíquotas de contribuição patronal na capitalização, pontuando que essa definição seria colocada em projeto complementar a ser apresentado após a emenda constitucional da reforma da Previdência. Para ele, a forma de financiamento e a transição do regime de repartição para o novo modelo dependerão do formato da futura proposta, que precisará levar em conta a realidade fiscal das contas públicas.

“O financiamento de previdência através da folha está ficando frágil no mundo, porque o emprego formal tem sido atacado”, observou.

Marinho afirmou que já foi recebido por cerca de 300 deputados e que a postura do parlamentares tem sido “propositiva” e não de ataque. O secretário disse não ter dúvidas de a reforma será aprovada e avaliou que o Congresso entendeu que “mudaram as regras do jogo” na relação entre Executivo e Legislativo.

“Não tenho dúvida que, em função do espírito público, teremos um projeto ainda melhor do que foi apresentado pelo Executivo.” A reforma da Previdência, ao final da votação, terá o “DNA” do governo e do Congresso, afirmou Marinho.

A respeito da audiência na Comissão de Constituição e Justiça na Câmara dos Deputados, da qual participou ao lado do ministro da Economia, Paulo Guedes, Marinho ponderou que foi saudável para o contraditório. “Acredito que esse primeiro momento serviu para mostrar de que forma a oposição vai se comportar”, declarou o secretário, acrescentando que “a oposição faz crítica pela crítica”. “A oposição discute e a maioria vota.”

*Com informações do Estadão Conteúdo

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