Se não perseveramos na política monetária, inflação volta com custo muito maior, afirma Campos Neto

Durante evento, presidente do Banco Central defendeu a continuidade para estratégia do órgão para controlar os preços após altos períodos inflacionários 

  • Por Jovem Pan
  • 05/09/2023 12h12
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TON MOLINA/FOTOARENA/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO Roberto Campos Neto Presidente do BC analisou que eventual retorno da inflação traria um custo maior para voltar a abaixá-la

Defensor de uma abordagem mais conservadora, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, ressaltou nesta terça-feira, 5, a importância da política monetária perseverar no combate à inflação, em um período que chamou de “last mile”. O termo se refere tanto ao último estágio de um processo como a parte mais cara de uma jornada. Dentro do contexto da política monetária, a referência de Campos Neto é à parte mais difícil de controlar os preços após a escalada do processo inflacionário. Segundo o economista, caso a política monetária aplicada não continue de forma consistente, o aumento de preços pode retornar. “Acho que é importante você perseverar, se não, o processo inflacionário volta. E voltar para o processo desinflacionário o custo para a sociedade é muito maior”, classificou. A declaração de Campos Neto foi feita durante  conferência promovida pelo grupo Julius Baer.

Ele complementou que o conceito se aplica à inflação global, mas também ao Brasil. “O alerta da Fitch [agência de classificação de risco] sobre os EUA na parte fiscal faz com que a gente preste mais atenção, principalmente aqui no Brasil”, pontuou. O presidente do BC analisou que um eventual retorno da inflação traria um custo maior para voltar a abaixá-la.

 

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