Taxas de juros recuam com dólar, enquanto mercado espera ata do Copom e IPCA-15
Os juros futuros operam em baixa, na esteira do dólar, apesar do avanço do rendimento dos Treasuries, do dólar e dos futuros das bolsas de Nova York. A moeda americana recua ante o real na manhã desta segunda-feira, 21, após ter acumulado alta de 5,28% nas últimas seis sessões e de ter subido na sexta-feira, 18, para R$ 3,7369.
O mercado de câmbio reage à ampliação da oferta de proteção (hedge) via venda de swap cambial adicional, de 5 mil (US$ 250 milhões) para 15 mil contratos (US$ 750 milhões), em leilão realizado às 9h30. A operação corresponde a uma venda de dólares no mercado futuro. O leilão de 4.225 contratos de swap para rolagem do vencimento de 1º de junho não sofre alteração (11h30) esta semana, informou o BC em nota.
Os agentes de renda fixa operam em compasso de espera pela divulgação da ata da reunião do Copom da semana passada, nesta terça-feira, 22, e pelo IPCA-15 de maio, na Quarta-feira (23). A ata será uma oportunidade para o BC deixar mais claro o caminho que pretende seguir, algo que ficou muito confuso para os agentes financeiros depois de o presidente da instituição, Ilan Goldfajn, ter sinalizado que a intenção de cortar a Selic para 6,25% estava mantida mesmo com o dólar mais forte – para, depois, o Copom manter a taxa em 6,50% ao ano.
Nesta segunda, a pesquisa Focus mostrou que a mediana para o IPCA este ano foi de 3,45% para 3,50%, enquanto a projeção para o índice em 2019 passou de 4,00% para 4,01%. Os economistas do mercado financeiro, no entanto, mantiveram suas projeções para a Selic para o fim de 2018 e de 2019. A mediana das previsões para a Selic este ano seguiu em 6,25% ao ano e a projeção para 2019 permaneceu em 8,00% ao ano.
O mercado financeiro também reduziu levemente suas projeções para o Produto Interno Bruto (PIB) em 2018, de 2,51% para 2,50%. Há quatro semanas, a estimativa era de crescimento de 2,75%. Para 2019, o mercado manteve a previsão de alta do PIB de 3,00%, mesmo patamar visto quatro semanas atrás.
Às 9h46 desta segunda, o DI para janeiro de 2020 indicava 7,66%, de 7,76% no ajuste de sexta-feira. O DI para janeiro de 2021 apontava a 8,83%, de 8,92% no ajuste de sexta-feira. Já o DI para janeiro de 2023 estava a 10,11%, de 10,15% do ajuste anterior. No câmbio, o dólar à vista caía 0,80%, aos R$ 3,7074. O dólar futuro de junho recuava 0,83%, aos R$ 3,7110.
Mais cedo, a Fundação Getulio Vargas (FGV) informou que o Índice de Confiança da Indústria (ICI) apurado na prévia da sondagem de maio caiu 0,3 ponto em relação ao resultado fechado de abril, para 100,7 pontos.
Segundo a entidade, foi a segunda queda consecutiva no ICI, mas isso “não reverteria a tendência de alta iniciada no segundo semestre do ano passado”. O Nível de Utilização da Capacidade Instalada (Nuci) da indústria indicou uma queda de 0,4 ponto porcentual ante o fechamento de fevereiro, para 76,1%.
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