Taxas futuras abrem em queda com dólar mais próximo dos R$ 3,80
Os juros futuros operam em baixa nesta sexta-feira, 8, sendo que o movimento é bem acentuado nas taxas curtas e médias. O recuo acompanha a queda de mais de 2% do dólar à vista ante o real, em reação à atuação do Banco Central (BC) com a maior oferta de swaps no câmbio. Segundo um profissional de renda fixa, o recuo poderia ser maior se não fossem o IPCA mais forte e o exterior negativo.
O IPCA subiu alta de 0,40% em maio, de 0,22% em abril, acima da mediana das estimativas (0,30%). Às 9h20, o DI para janeiro de 2019 estava em 7,250%, de 7,593% no ajuste de ontem, e o DI para janeiro de 2020, em 8,52%, de 8,84%. O DI para janeiro de 2021 marcava 9,55%, de 9,79% no ajuste de ontem. Já o vencimento para janeiro de 2023 exibia 11,19%, de 11,32% no ajuste de anterior. O DI para janeiro de 2025 estava em 11,95%, de 12,06% no ajuste de ontem.
Mais cedo, o BC divulgou o discurso que o presidente do BC, Ilan Goldfajn, fará em evento em São Paulo. No texto, Ilan também reafirma que a política monetária não será usada para controlar a taxa de câmbio. O comentário, que já havia sido feito por Goldfajn na noite de ontem, durante coletiva de imprensa, surge após avaliações no mercado financeiro de que o BC poderia elevar a Selic (a taxa básica de juros) para conter a escolada do dólar ante o real. Alguns países emergentes, como a Argentina, adotaram essa estratégia recentemente.
Outro destaque do discurso está a confirmação de que a instituição poderá ir além dos valores máximos do passado, quando o estoque de swaps chegou a US$ 115 bilhões. “O BC tem atuado para prover liquidez com swaps e, com Tesouro, tem dado liquidez a juros”, consta no discurso de Ilan em reforço a declarações de ontem em entrevista coletiva.
Às 9h26, o DI para janeiro de 2019 estava em 7,28% ante 7,593% no ajuste de ontem. O DI para janeiro de 2023 marcava 11,21% ante 11,324% no ajuste anterior.
Comentários
Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.