Taxas futuras de juros recuam com dólar e ambiente externo positivo

  • Por Estadão Conteúdo
  • 18/12/2017 10h25
Fotos Públicas Entidades de defesa do consumidor se dizem preocupadas com as mudanças no cadastro positivo, mas o comércio comemora. Na semana passada, o texto-base do projeto que muda as regras foi aprovado pela Câmara. O cadastro positivo é um banco de dados que existe desde 2011 e relaciona os clientes que são considerados bons pagadores. Até então, o consumidor precisava pedir pra ter o nome incluído, mas agora, todos que estiverem com as contas em dia entram na lista automaticamente. Quem não quiser, terá que entrar em contato com as instituições financeiras e solicitar a exclusão. Segundo Paulo Miguel, diretor-executivo da Fundação Procon de São Paulo, não há garantias de que os dados do consumidor estarão protegidos. O deputado Walter Ioshi, que foi o relator do projeto na Câmara, rebate e garante que não haverá violações. A aprovação do novo cadastro positivo agradou as empresas de crédito e os varejistas. O presidente da Associação Comercial de São Paulo, Alencar Burti, diz que é uma vitória do consumidor que mantém as contas em dia. Apesar da aprovação, os destaques do texto ainda serão apreciados pelo plenário da Câmara nesta semana. Depois, o texto segue para uma nova análise do Senado, de onde veio a matéria original. Na renda fixa, investidores olharam mais cedo para o IBC-BR, que veio dentro do esperado

Os juros futuros operam em leve baixa desde a abertura da sessão, guiados pelo dólar fraco e precificando o ambiente externo positivo na manhã desta segunda-feira, 18. No mercado internacional, pesam expectativas de aprovação da reforma tributária dos Estados Unidos nesta semana, além de um esperado gradualismo do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) na política monetária nos próximos anos.

Nesta segunda, o presidente do Fed de San Francisco, John Williams, que tem direito a voto nas decisões de política monetária em 2018, previu três elevações de juros em 2018 e duas em 2019 e outras duas em 2020.

Na renda fixa, investidores olharam mais cedo para o IBC-BR, que veio dentro do esperado. Após subir 0,27% em setembro (dado já revisado), o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) avançou 0,29% em outubro ante setembro, na série com ajuste sazonal, segundo o Banco Central.

O resultado ficou dentro do intervalo obtido pelo Projeções Broadcast, de -0,50 a +0,40%, e acima da mediana de -0,10%. O índice de atividade calculado pelo BC passou de 136,04 pontos para 136,44 pontos na série dessazonalizada de setembro para outubro. Este é o maior patamar para o IBC-Br com ajuste desde dezembro de 2015 (136,98 pontos).

Na pesquisa Focus, a mediana para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2017 caiu de 2,88% para 2,83%. Há um mês, estava em 3,09%. Já a projeção para o índice de 2018 passou de 4,02% para 4,00%, ante 4,03% de quatro semanas atrás.

A Selic média de 2018 passou de 6,78% para 6,75% ao ano, ante 6,84% quatro semanas atrás. Para o Produto Interno Bruto (PIB), a expectativa de alta este ano passou de 0,91% para 0,96%, ante +0,73% há um mês. Para 2018, o mercado aumentou a previsão de alta do PIB de 2,62% para 2,64%.

Quatro semanas atrás, a expectativa estava em 2,51%. Na última quinta-feira, a Fazenda anunciou a revisão da sua grade de parâmetros macroeconômicos e projetou para 2017 avanço de 0,5% para 1,1%. Para 2018, a previsão passou de 2,0% para 3,0%.

Às 10 horas, o DI para janeiro de 2020 estava em abre a 8,26%, de 8,27% do ajuste de sexta-feira. O DI para janeiro de 2021 caía a 9,28%, de 9,29% no ajuste de sexta-feira. No câmbio, o dólar à vista recuava 0,46%, aos R$ 3,2920. O dólar para janeiro de 2018 estava em R$ 3,2950, baixa de 0,11%.

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