Taxas futuras de juros sobem com frustração sobre reforma da Previdência

  • Por Estadão Conteúdo
  • 14/12/2017 09h58
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Rafael Neddermeyer/ Fotos Públicas Cédulas de R$ 100 espalhadas Mais cedo, o Índice Geral de Preços - 10 (IGP-10) avançou 0,90% em dezembro, após o aumento de 0,24% registrado em novembro

A chance de a reforma da Previdência ficar para 2018 sustenta a pressão de alta nos juros futuros na manhã desta quinta-feira, 14. As taxas futuras precificam ainda a aceleração de 0,90% do IGP-10 de dezembro, após alta de 0,24% em novembro, ficando perto do teto das estimativas (0,50% a 0,94%, com mediana de 0,80%).

As variações dos juros estão relativamente contidas em meio à espera do leilão do Tesouro de LTN e LFT (11h30), que poderá adicionar pressão de alta. Há expectativas com a coletiva do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, e do secretário de Política Econômica, Fábio Kanczuk, para apresentar previsão de crescimento do PIB em 2018 (10h30), após a aprovação do orçamento de 2018 ontem à noite.

O orçamento aprovado, que precisa ser sancionado pelo presidente, prevê que os gastos vão superar as receitas em cerca de R$ 157 bilhões, abaixo do déficit permitido pela meta, que é negativa em R$ 159 bilhões.

Nesta quarta-feira, 13, as taxas futuras zeraram a queda na sessão estendida, após declaração do líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), de que a votação da reforma da Previdência ficará para fevereiro de 2018. Com isso, o DEM decidiu adiar o fechamento da questão que obrigaria seus 31 deputados a votar a favor da reforma.

Nesta quinta ocorrerá a leitura do relatório da reforma que o deputado Arthur Maia. Mas o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), adiantou na quarta-feira que o relator da reforma vai ler seu novo texto da proposta, mas não haverá oficialmente a discussão, rito regimental que antecede a votação.

Mais cedo, o Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10) avançou 0,90% em dezembro, após o aumento de 0,24% registrado em novembro, perto do teto das projeções dos analistas do mercado financeiro ouvidos pelo Projeções Broadcast, que esperavam um avanço de 0,50% a 0,94%, com mediana positiva de 0,80%.

Às 9h31 desta quinta, o DI para janeiro de 2019 exibia 6,95%, de 6,94% no ajuste da véspera. O DI para janeiro de 2020 marcava 8,33%, de 8,28%, enquanto o vencimento para janeiro de 2021, o mais negociado, exibia 9,33%, de 9,26% no ajuste de ontem. Já o contrato para janeiro de 2023 estava em 10,25%, de 10,19% no ajuste anterior.

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