Tesouro Direto registra recorde de investimento com R$ 19,438 bilhões

  • Por Agência Brasil
  • 24/01/2018 14h39 - Atualizado em 24/01/2018 14h41
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Fotos Públicas Entidades de defesa do consumidor se dizem preocupadas com as mudanças no cadastro positivo, mas o comércio comemora. Na semana passada, o texto-base do projeto que muda as regras foi aprovado pela Câmara. O cadastro positivo é um banco de dados que existe desde 2011 e relaciona os clientes que são considerados bons pagadores. Até então, o consumidor precisava pedir pra ter o nome incluído, mas agora, todos que estiverem com as contas em dia entram na lista automaticamente. Quem não quiser, terá que entrar em contato com as instituições financeiras e solicitar a exclusão. Segundo Paulo Miguel, diretor-executivo da Fundação Procon de São Paulo, não há garantias de que os dados do consumidor estarão protegidos. O deputado Walter Ioshi, que foi o relator do projeto na Câmara, rebate e garante que não haverá violações. A aprovação do novo cadastro positivo agradou as empresas de crédito e os varejistas. O presidente da Associação Comercial de São Paulo, Alencar Burti, diz que é uma vitória do consumidor que mantém as contas em dia. Apesar da aprovação, os destaques do texto ainda serão apreciados pelo plenário da Câmara nesta semana. Depois, o texto segue para uma nova análise do Senado, de onde veio a matéria original. Número de investidores do Tesouro Direto bateu recorde em 2017, os cadastrados chegaram a 1,83 milhão e os investidores ativos somaram 565.758

O Tesouro Direto fechou o ano de 2017 com recorde em investimentos, registrando 2,17 milhões de operações e aplicações de R$ 19,438 bilhões, de acordo com balanço divulgado hoje (24), em Brasília, pela Secretaria do Tesouro Nacional. Em média, ao longo do ano, 75,9% dos investimentos foram em valores até R$ 5 mil e 50,6% até R$ 1 mil.

As participações dessas faixas de aplicação atingiram os maiores patamares desde o início da série histórica. De acordo com o Tesouro Nacional, esses dados refletem o maior acesso dos pequenos poupadores ao programa.

O Tesouro Direto é um Programa do Tesouro Nacional – desenvolvido em parceria com a Bolsa de Mercadorias e Futuros e Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) – BM&F Bovespa – para venda de títulos públicos federais para pessoas físicas, por meio da internet. Ele foi criado em 2002 para democratizar o acesso aos títulos públicos, permitindo aplicações com apenas R$ 30.

O número de investidores também bateu recorde em 2017, os cadastrados chegaram a 1,83 milhão e os investidores ativos somaram 565.758. O balanço mostra ainda que cresceu a participação feminina entre os investidores cadastrados.

As mulheres representavam 24,11% do total de investidores em dezembro de 2016 e passaram a ser 27,51% em dezembro do ano passado, atingindo participação recorde.

Títulos remunerados por índices de preços

Entre os títulos que compõem o estoque, ou seja, o total daqueles que foram adquiridos e estão vigorando, os títulos remunerados por índices de preços respondem pelo maior volume no estoque: 60,1%.

Em seguida, estão os títulos indexados à taxa Selic, com participação de 23,1% e os títulos prefixados, com 16,8%.

Os títulos de prazo menor são maioria (40,9%) e têm vencimento entre 1 e 5 anos. Os títulos com prazo entre 5 e 10 anos correspondem a 37% e os com vencimento acima de 10 anos, a 18,1% do total.

Cerca de 4% dos títulos vencem em até 1 ano. O programa atingiu, no ano passado, estoque recorde de R$ 48,5 bilhões.

Aplicação líquida

Tesouro Direto fechou o ano de 2017 com aplicação líquida de R$ 2,88 bilhões, o que significa que, no ano, as aplicações em títulos superaram os resgates.

O Tesouro fecha com aplicações líquidas, apesar de, desde agosto, registrar resgates líquidos, quando os resgates superam as aplicações. O balanço divulgado hoje mostra que os resgates líquidos diminuíram para R$ 42,22 milhões em dezembro, ante R$ 125,02 milhões em novembro.

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