Para Guedes, reformas podem ‘transformar crise em crescimento’

  • Por Jovem Pan
  • 09/03/2020 12h31 - Atualizado em 09/03/2020 12h32
Flickr/Ministério da Economia Segundo Paulo Guedes, agenda de reformas deve passar 'entre três e quatro meses' pelo Congresso Nacional Para o ministro, o clima é de tranquilidade e confiança para enfrentar o momento econômico que afeta o país

Para o ministro da Economia, Paulo Guedes, a melhor resposta às crises que afetam o país são as reformas. Segundo ele, a equipe econômica é “capaz, experiente, segura” e está tranquila em relação à capacidade de enfrentar o momento de turbulência, mas precisa da aprovação das reformas no Congresso Nacional.

Paulo Guedes defendeu ainda, durante conversa com jornalistas em Brasília nesta segunda-feira (9), que o clima é de tranquilidade e confiança para enfrentar o momento. “Vamos trabalhar, vamos transformar essa crise em crescimento, vamos transformar essa crise em geração de empregos”, disse o ministro que afirmou que “se fizermos as coisas certas, o Brasil reacelera”.

“Agora é questão de oportunidade. Se o presidente estivesse aqui (no Brasil) talvez ia hoje”, afirmou Guedes. O presidente Jair Bolsonaro está em viagem nos Estados Unidos.

Reformas

O ministro evitou fazer comentários sobre as articulações políticas para o avanço das propostas, mas assegurou que pretende enviar ao Congresso Nacional as reformas tributárias e administrativas nesta semana ou na próxima.

“A parte política eu não posso entrar, o presidente disse que eu não entendo de política e eu concordo, não é minha especialidade. O que eu posso responder é pela economia. A equipe econômica é capaz, experiente segura e está absolutamente tranquila sobre a capacidade de enfrentar a crise. Mas precisamos das reformas”, disse Guedes.

Segundo o ministro, os três poderes, com “serenidade”, ajudarão o Brasil a sair do abismo fiscal. “Estamos seguros que vamos prosseguir”, disse. “O Brasil é uma democracia consolidada”, acrescentou. Para ele, o andamento das propostas do Pacto Federativo está avançado e demonstrou otimismo com a aprovação dos projetos sobre a autonomia do Banco Central e do saneamento.

Guedes aproveitou para dizer que o governo já deu “a resposta correta” ao desejo do Congresso por recursos, por meio da regulamentação do Orçamento impositivo.

Venda de reservas

Ao ser questionado sobre o valor do dólar e sobre o momento para venda de reservas, o ministro da Economia afirmou que, se as reformas avançam, e “as pessoas estão tentando comprar dólar, o Banco Central acredito que vai vender”. Ele reforçou, no entanto, que esse é um “problema do Banco Central”.

“Eu dizia o seguinte durante a transição: se as reformas avançam, e as pessoas estão tentando comprar dólar, o Banco Central acredito que vai vender. Se as reforma não avançam, e aí não tem fundamento a favor, aí a incerteza continua, mas isso daí é um problema do Banco Central”, destacou Guedes. “Se nossa resposta for aprofundar as reservas, a coisa se acalma”, afirmou.

Petróleo

O ministro da Economia minimizou a agitação nos mercados sobre a queda do petróleo lembrando o temor que se instaurou quando houve a alta dos preços. “Ah, o preço do petróleo vai cair. Quando o preço subiu, todo mundo… ‘greve dos caminhoneiros, terrível, inflação vai voltar’, aí o preço do petróleo cai e todo mundo vai falar o que agora? O que nós vamos falar agora”, limitou-se a comentar.

*Com informações do Estadão Conteúdo.

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