Um dia após BC manter juros, Bolsa cai 2%, fecha aos 97 mil pontos e atinge o pior patamar desde julho de 2022

Na contramão, dólar fechou em alta de 1%, sendo cotado a R$ 5,28; mercado financeiro esperava que o Banco Central sinalizasse a possibilidade de diminuir a Selic em breve

  • Por Jovem Pan
  • 23/03/2023 17h50 - Atualizado em 23/03/2023 23h18
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REUTERS/Amanda Perobelli Bolsa de Valores B3 Copom decidiu pela manutenção da taxa Selic pela 6ª vez consecutiva, em 13,75% ao ano

No primeiro pregão após o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidir manter a taxa de juros em 13,75% ao ano, o Ibovespa fechou o pregão aos 97.926 pontos, seu menor patamar desde 18 de julho do ano passado, quando registrou 96.916 pontos. Na mínima do dia, o índice chegou a bater em 96.996 pontos. Durante o dia, a bolsa de valores brasileira chegou a derreter mais de 3%. Antes disso, uma queda similar na pontuação só tinha sido registrada em novembro de 2020, quando fechou em 97.881 mil pontos. Já o dólar cresceu 1,01% frente ao real, fechando a R$ 5,29. A bolsa brasileira começou o dia em alta. Contudo, por volta das 11h entrou em trajetória de queda acentuada. O mercado financeiro esperava que o BC sinalizasse a possibilidade de diminuir a Selic em breve, contudo, o comunicado mostrou que esse não é o plano da entidade. O Copom adotou uma postura dura e indicou que considera inclusive um novo aumento no percentual, contrariando a expectativa do mercado. As duras críticas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à postura do órgão fez com que o clima piorasse, acelerando o derretimento do índice. Esse cenário somado à incerteza a cerca do novo arcabouço fiscal que será proposto pelo governo e a crise bancária internacional gera um clima de aversão a risco para investidores, que preferem apostar em mercados mais consolidados. Especialistas aguardam a ata oficial para entender o que esperar para a trajetória dos juros no Brasil.

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