Privatização da Eletrobras deve manter poder de veto do governo, defende ministro

  • Por Jovem Pan com Agência Senado
  • 26/09/2017 11h57 - Atualizado em 26/09/2017 12h02
Pedro França/Agência Senado O ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, ao lado do senador Eduardo Braga (PMDB-AM), que preside audiência conjunta das comissões de Assuntos Econômicos (CAE) e de Serviços de Infraestrutura (CI)

O ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, disse nesta terça-feira (26) em audiência conjunta das comissões de Assuntos Econômicos (CAE) e de Serviços de Infraestrutura (CI) do Senado que o modelo de privatização da Eletrobras em elaboração pelo governo Michel Temer prevê a manutenção pela União de uma “golden share”, um poder de veto em decisões estratégicas da companhia.

Segundo Fernando Coelho Filho, a desestatização da Eletrobras pode se dar tanto por aumento de capital para diluição da participação da União quanto pela alienação de parte dessa participação para agentes privados. Hoje a União tem 51% das ações ordinárias (com direito a voto) e 40,99% do capital total da Eletrobras.

“Nós defendemos a importância de se ter uma ‘golden share’ no caso da Eletrobras e também da oportunidade dos servidores da Eletrobras terem acesso preferencial a essas ações como acontece em outras companhias como a Ambev, onde os funcionários participam do lucro e do crescimento da empresa” disse o ministro.

Nos últimos seis anos, o patrimônio líquido da Eletrobras caiu 43%, de R$ 77,2 bilhões para R$ 44 bilhões, segundo o ministro. Mesmo investindo R$ 36 bilhões entre 2011 e 2016, a empresa não teve esse valor reconhecido no preço de suas ações, explicou.

Maior holding do setor elétrico da América Latina, a Eletrobras tem 70,2 mil quilômetros de linhas de transmissão, que representam 47% do total no sistema elétrico nacional.

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