Vendas de títulos pelo Tesouro Direto somam R$ 1,332 bi em outubro

  • Por Estadão Conteúdo
  • 24/11/2017 12h13
Fotos Públicas Entidades de defesa do consumidor se dizem preocupadas com as mudanças no cadastro positivo, mas o comércio comemora. Na semana passada, o texto-base do projeto que muda as regras foi aprovado pela Câmara. O cadastro positivo é um banco de dados que existe desde 2011 e relaciona os clientes que são considerados bons pagadores. Até então, o consumidor precisava pedir pra ter o nome incluído, mas agora, todos que estiverem com as contas em dia entram na lista automaticamente. Quem não quiser, terá que entrar em contato com as instituições financeiras e solicitar a exclusão. Segundo Paulo Miguel, diretor-executivo da Fundação Procon de São Paulo, não há garantias de que os dados do consumidor estarão protegidos. O deputado Walter Ioshi, que foi o relator do projeto na Câmara, rebate e garante que não haverá violações. A aprovação do novo cadastro positivo agradou as empresas de crédito e os varejistas. O presidente da Associação Comercial de São Paulo, Alencar Burti, diz que é uma vitória do consumidor que mantém as contas em dia. Apesar da aprovação, os destaques do texto ainda serão apreciados pelo plenário da Câmara nesta semana. Depois, o texto segue para uma nova análise do Senado, de onde veio a matéria original. No mês, foram realizadas 189.715 operações de venda de títulos a investidores

As vendas do Tesouro Direto somaram R$ 1,332 bilhão em outubro, segundo dados divulgados nesta sexta-feira, 24, pelo Tesouro Nacional. Os resgates no mesmo período somaram R$ 1,521 bilhão, sendo R$ 1,520 bilhão relativos às recompras e R$ 700 milhões aos vencimentos.

De acordo com o balanço do Tesouro Direto, o título com maior demanda dos investidores foi o indexado à Selic (Tesouro Selic), cuja participação nas vendas de outubro atingiu 52,9%. Os papeis indexados à inflação (Tesouro IPCA+ e Tesouro IPCA+ com juros semestrais) corresponderam a 30,4% do total vendido e os prefixados, 16,7%.

Com relação ao prazo de emissão, 19,6% das vendas no Tesouro Direto no mês de outubro corresponderam a títulos com vencimentos acima de 10 anos. As vendas de papeis com prazo entre 5 e 10 anos totalizaram 77,4% e aquelas com prazo entre 1 e 5 anos, 3% do total.

No mês, foram realizadas 189.715 operações de venda de títulos a investidores. O Tesouro destaca que a utilização do programa por pequenos investidores pode ser observada pelo número de vendas com valores de até R$ 5 mil, que atingiu 80,6% das vendas de outubro. O valor médio por operação, no período, foi de R$ 7,025 mil.

Estoque

Com as operações realizadas em outubro, o estoque do Tesouro Direto chegou a R$ 47,8 bilhões, o que representa um aumento de 0,5% em relação ao mês anterior e uma alta de 25,5% sobre outubro de 2016, quando o estoque era de R$ 38,1 bilhões.

No estoque, os títulos remunerados por índices de preços respondem pelo maior volume, com 60,6% do total. Em seguida, os títulos indexados à taxa Selic, com participação de 22,8% e os títulos prefixados, que representam 16,6% do total.

Em relação ao prazo do estoque, 4,2% dos títulos vencem em até um ano. A maior parte, 42,5%, é composta por títulos com vencimento entre 1 e 5 anos. Os títulos com prazo entre 5 e 10 anos correspondem a 35,4% do total do estoque e os papeis com vencimento acima de 10 anos, 17,9%.

Novos participantes

O Tesouro informou ainda que, em outubro, 60.426 novos participantes se cadastraram no Tesouro Direto. Com isso, o número total de investidores cadastrados ao final de outubro atingiu 1.722.875, o que representa um aumento de 68,2% nos últimos 12 meses. O número de investidores ativos chegou a 551 695.

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