Volkswagen reafirma que fechamento de fábricas na Alemanha possa ser necessário

Montadora não se recuperou ainda das baixas vendas no périodo da pandemia, além de perder grande parte do mercado na China

  • Por da Redação
  • 05/09/2024 12h53 - Atualizado em 05/09/2024 13h33
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Julian Hochgesang/Unsplash Mãos em vlante de carro da Volkswagen Demanda no mercado automotivo europeu caiu cerca de 500 mil veículos

A Volkswagen enfrenta um desafio significativo em sua principal marca de automóveis, com um prazo de “um, talvez dois” anos para reverter a situação, conforme afirmou o diretor financeiro Arno Antlitz. A empresa está considerando, pela primeira vez em sua história, o fechamento de fábricas na Alemanha, enquanto os sindicatos ameaçam iniciar greves. A demanda no mercado automotivo europeu caiu cerca de 500 mil veículos desde a pandemia. Oliver Blume, CEO da Volkswagen, destacou que a empresa não está mais obtendo lucros da China, o que reflete as dificuldades enfrentadas por outras montadoras europeias, como Stellantis e Renault.

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Esses desafios são impulsionados por altos custos de mão de obra e energia, além da crescente concorrência de fabricantes asiáticos. A chefe do conselho de trabalhadores, Daniela Cavallo, criticou a gestão por “danificar massivamente a confiança” e questionou a prioridade dada a gastos em uma parceria de software em detrimento da proteção de empregos.

O governo alemão, representado pelo chanceler Olaf Scholz e pelo Ministro do Trabalho, Hubertus Heil, ofereceu apoio à Volkswagen, que tem como meta alcançar uma margem de lucro de 6,5% até 2026, superando os 2,3% registrados no primeiro semestre deste ano. A situação é alarmante, com o sentimento empresarial na indústria automotiva da Alemanha caindo para níveis negativos, enquanto a Volvo já abandonou sua meta de se tornar totalmente elétrica até 2030.

Os sindicatos criticam a estratégia de produção da Volkswagen, considerando-a ineficiente e apontando que a empresa foi lenta em seus investimentos em veículos elétricos acessíveis. Além disso, a montadora ainda lida com as consequências do escândalo dieselgate, com o ex-CEO Martin Winterkorn prestando depoimento em tribunal recentemente.

*Reportagem produzida com auxílio de IA
Publicado por Fernando Keller

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