Economista aconselha fidelização do consumidor para empresário aliviar efeitos da crise
Uma pesquisa realizada pelo Serviço de Proteção ao Crédito mostrou que os micro e pequenos empresários varejistas e prestadores de serviços já sentem os efeitos da piora da economia brasileira. De acordo com o estudo, apenas 9% das MPEs pretendem contratar mão-de-obra nos próximos três meses, enquanto 15% pretendem realizar demissões. Para 32% dos entrevistados, a principal dificuldade enfrentada para a manutenção e o crescimento de suas empresas é o cenário político-econômico.
Em entrevista ao repórter Marcelo Mattos, a economista-chefe do SPC, Marcela Kawauti disse que os micro e pequenos empresários são os que devem sentir mais tais efeitos. “O micro e pequeno empresário do comércio varejista e setor de serviços, lida diretamente com o público e, portanto, vão sentir mais rápido a queda no desemprego. As indústrias acabam sentindo em um segundo momento”, explicou.
Segundo a economista, tudo faz parte de um “efeito cadeia” e ainda estamos em seu início. “O consumidor para de comprar nas micro e pequenas empresas, estas param de comprar no fornecedor e o efeito cadeia se alastra na economia. (…) Como ainda estamos no começo do efeito cadeia, não há nada que interrompa esse primeiro dominó que vai derrubando os demais. A gente não deve ver ao longo de 2015 nenhuma retomada significativa”, alertou.
Ela aconselhou ainda que os micro e pequenos empresários invistam na criatividade com investimentos de baixo custo como forma de atrair o cliente. Arrumar seu empreendimento para que ele fique mais atrativo, bem como fidelizar o cliente para que ele compre com você e não com outro, ou simplesmente deixe de comprar, são as duas maneiras indicadas pela economista.
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