Economista questiona destino de empréstimos do BNDES que valem “33 petrolões”
O Ministro da Fazenda afirmou que ajuste fiscal do Governo Federal é uma necessidade para o País voltar a crescer. Durante evento no Rio Grande do Norte, Joaquim Levy garantiu que o aperto momentâneo vai possibilitar mais empregos na infraestrutura do Nordeste. (Ouça detalhes no áudio acima)
Porém, para analista econômico, o ajuste fiscal do PT pode jogar para baixo do tapete dinheiro do Fundo de Amparo ao Trabalhador. Em entrevista a Denise Campos de Toledo, Miguel Daoud pede o fim do sigilo sobre o destino de empréstimos equivalentes a 33 petrolões.
“O BNDES deve ao Fundo de Amparo aos Trabalhadores (FAT) R$ 203 bilhões. Nós vivemos, nos últimos anos, em pleno emprego, então como o desemprego corroeu o FAT?”, questiona. Foi a gestão, a remuneração desse dinheiro que está em mãos do BNDES, sabe-se lá para quem ele emprestoo.
“Não sei se empresou para construir o porto de Cuba, para a Angola, para a Bolívia… Tudo sigiloso, mas ele emprestou esse dinheiro.”
Outro economista afirma que o Governo espanta o investidor ao construir pontes de desconfiança sobre o destino do gasto público.
Alexandre Wolwacz chama atenção para o comportamento da taxa de juros que, mesmo sendo a mais alta do mundo, não atrai os dólares pretendidos.
Analistas ouvidos pela Jovem Pan enfatizam que a política do ministro Joaquim Levy precisa dar certo para o País recuperar a credibilidade.
Eles acrescentam que agora, para atrair investimentos, o Governo também deve apresentar o custo político do ajuste fiscal .
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