Educação e Mercosul centram 1ª greve geral no governo de Vázquez no Uruguai

  • Por Agência EFE
  • 11/06/2015 18h00
EFE Cerca de 40.000 uruguaios

Cerca de 40.000 uruguaios, segundo fontes sindicais, marcharam nesta quinta-feira em Montevidéu convocados a participar de uma greve geral, a primeira desde que Tabaré Vázquez assumiu a presidência do país, e na qual exigiram, entre outras medidas, melhorias na educação e na defesa do Mercosul.

Convocados pela Central Sindical do Uruguai (PIT-CNT), os manifestantes percorreram algumas das principais vias da cidade até chegar ao lado de fora do Palácio Legislativo, onde leram as principais reivindicações desta jornada de greve que durou quatro horas.

“Dezenas de milhares de trabalhadores acompanharam esta passeata, para defender as questões de ordem que o movimento sindical levantou, principalmente a defesa do orçamento nacional e o necessário investimento público para melhorar o salário dos trabalhadores da educação”, comentou o coordenador da PIT-CNT, Fernando Pereira.

Os trabalhadores pedem que o orçamento quinquenal, atualmente em debate, destine 6% do investimento público à educação, “fundamentalmente para brindar aos filhos dos uruguaios de qualquer contexto a melhor educação”, ressaltou Pereira.

Entre outros temas, os manifestantes também voltaram a rejeitar a ideia do país de somar-se ao TISA, uma iniciativa aberta a todos os membros da Organização Mundial do Comércio (OMC) interessados em liberalizar o comércio de serviços e para cuja adesão o Uruguai mantém conversas.

Nesse sentido, os sindicalistas fizeram insistência na necessidade de defender o Mercosul e as negociações “em bloco”.

“O Uruguai tem que formar um bloco regional no Mercosul que abranja a maior parte da América Latina e negociar bloco com bloco como vem fazendo com a União Europeia. Estamos convencidos que o ingresso do Uruguai ao TISA vai trazer mais prejuízos que lucros”, opinou Pereira.

A central sindical informou à Agência Efe que todos os setores de trabalhadores aderiram à greve geral, exceto o transporte público, a pedido da própria organização para que as pessoas pudessem chegar ao ato.

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