Efe renova sua aposta na América Latina com mostra de fotos em Buenos Aires
Buenos Aires, 6 set (EFE).- A Agência Efe renovou sua aposta na América Latina ao inaugurar em Buenos Aires uma exposição em comemoração ao seu 75º aniversário, com fotografias que traçam um painel de grandes eventos do último século e que contou com a presença de personalidades como o cartunista Quino e Maria Kodama, última companheira de Jorge Luis Borges.
“A Efe foi a primeira agência do mundo a levantar a bandeira da língua castelhana, do espanhol, como agência internacional”, afirmou o presidente da Agência Efe, José Antonio Vera, ao inaugurar ontem à noite a mostra, que poderá ser visitada durante este mês no Museu do Banco da Província de Buenos Aires.
Vera destacou o compromisso da Efe com a América Latina, onde há 49 anos foi aberta a primeira delegação internacional da agência em Buenos Aires, e a importância de receber e entrevistar em espanhol as autoridades hispano-americanas que viajam ao exterior.
Além disso, Vera defendeu o trabalho dos jornalistas da agência nos 120 países do mundo nos quais a Efe está presente, e disse que eles trabalham “de maneira anônima” em lugares em conflito como o Iraque, Ucrânia e a Faixa de Gaza, entre outros.
A exposição “Agência Efe. 75 anos em fotos. Homenagem à América Latina” foi organizada pela Efe junto ao Banco Província, com o apoio da Embaixada da Espanha e da companhia Gás Natural.
“Estamos felizes que todos possam ver sob o prisma dos fotógrafos da agência o que foi a história da Argentina”, disse o presidente do Banco Província, Gustavo Marangoni, no ato de abertura da exposição, diante de diplomatas, funcionários, empresários e representantes do mundo acadêmico, cultural e dos bancos.
Por sua parte, o embaixador da Espanha em Buenos Aires, Estanislao de Grandes, destacou que a agência Efe, “a primeira agência de imprensa do mundo em língua espanhola, é um elemento de união com a Argentina, mas não só com a Argentina, como mostram as fotografias esplêndidas, mas com toda a América Latina”.
A exposição faz um passeio pela história através de fotografias do arquivo de Efe -um verdadeiro tesouro do fotojornalismo mundial, com 15 milhões de imagens- para repassar os acontecimentos que marcaram a Espanha e a América Latina, especialmente a Argentina.
Neste percurso visual, há verdadeiras “pérolas”, como uma imagem de Eva Perón rezando diante de Nossa Senhora da Macarena e uma foto de Ernesto Che Guevara assistindo a uma tourada em Madri após o triunfo da revolução cubana.
Além disso, fazem parte da mostra imagens captadas pela lente dos fotógrafos de Efe que documentaram eventos que deram a volta ao mundo, como o frustrado golpe de Estado que ameaçou a jovem democracia espanhola, em 23 de fevereiro de 1981.
A exposição será complementada com duas jornadas de debate sobre jornalismo, no dia 17 de agosto, e fotojornalismo, no dia 24, também na sede do museu, com o objetivo de aprofundar a discussão sobre a revolução vivida no mundo da informação.
Criada em 1939, em uma Espanha devastada pela Guerra Civil, a Efe percorreu um longo caminho até se transformar na primeira agência internacional em fala hispânica e a quarta maior do mundo.
Com mas de três mil correspondentes espalhados por todo o mundo, a Efe gera diariamente cerca de cinco mil conteúdos de texto, foto, áudio, vídeo e multimídia.
Desde sua criação, a Efe aposta na América Latina, como demonstra o fato de sua primeira delegação internacional ter sido aberta em Buenos Aires, em 1965,.
Em 1995, o Prêmio Príncipe de Astúrias de Comunicação e Humanidades reconheceu o trabalho de várias gerações de profissionais da Efe e seu esforço por aprofundar as relações entre a Espanha e a América Latina. EFE
bas/dk
Comentários
Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.