Egito adia para novembro a sentença de Mubarak pela morte de manifestantes
Cairo, 26 set (EFE).- O Tribunal Penal do Cairo adiou neste sábado para o próximo dia 29 de novembro a leitura da sentença do julgamento do ex-presidente egípcio Hosni Mubarak pela morte de manifestantes na revolução de 2011.
O juiz Mahmoud al Rachidi explicou que só foi possível revisar 60% da documentação do caso, que consta de 160 mil páginas, e que tanto Mubarak como os demais acusados permanecerão em prisão preventiva.
No início da sessão, Al Rachidi afirmou que a grande quantidade acumulada de documentos impedia – como exige a lei – tê-los presentes no momento de ditar a sentença.
Em seguida foi exibido um vídeo que mostrava o conjunto de papéis e no qual se detalhava o tipo de provas e relatórios recopilados.
Mubarak, de 86 anos, tinha chegado de helicóptero à sessão, realizada na Academia da Polícia, nos arredores do Cairo, vindo do hospital de Maadi, no sul da capital, onde está sob prisão domiciliar. Dentro da sala permaneceu em uma maca.
O ex-ministro do Interior, Habib al Adli, e seis de seus ajudantes também estão sendo julgados pelo massacre de manifestantes.
Além disso, Mubarak enfrenta acusações junto com seus dois filhos, Alaa e Gamal, e o empresário foragido Hussein Salem, por suposta corrupção e enriquecimento ilícito pela exportação de petróleo a Israel a preços supostamente inferiores aos do mercado.
O novo julgamento de Mubarak começou em 13 de abril de 2013, depois que em janeiro desse ano uma corte anulou a condenação à prisão perpétua imposta ao ex-presidente e a Al Adli por irregularidades, e resolveu repetir o julgamento. EFE
Comentários
Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.