Egito anuncia apoio militar à operação contra milícias houthis no Iêmen

  • Por Agencia EFE
  • 25/03/2015 23h51
  • BlueSky

Cairo, 26 mar (EFE).- O governo do Egito anunciou nesta quinta-feira (data local) seu apoio “político e militar” à intervenção militar árabe lançada por cinco países do Golfo Pérsico contra o movimento rebelde xiita dos houthis, que avança rumo ao sul do Iêmen após controlar sua metade setentrional.

“O Egito anuncia seu apoio político e militar ao passo dado pela aliança internacional em apoio ao governo legítimo no Iêmen em resposta a seu pedido”, informou um comunicado do Ministério das Relações Exteriores divulgado pela agência estatal “Mena”.

As autoridades egípcias estão em coordenação com a Arábia Saudita e os países do Conselho de Cooperação do Golfo Pérsico (CCG) para “organizar a participação das forças aéreas e marítimas egípcias, assim como das forças terrestres caso seja necessário” para “defender a segurança e a estabilidade do Iêmen”, acrescenta a nota.

O anúncio do Egito acontece pouco depois de aviões de combate sauditas bombardearem várias posições militares dos houthis em diferentes pontos do Iêmen para tentar frear o avanço de suas milícias em direção à cidade sulina de Áden, onde estava baseado o presidente Abdo Rabbo Mansour Hadi, informaram à Agência Efe fontes militares.

Este ataque ocorre pouco após Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Kuwait, Catar e Bahrein decidirem responder ao pedido de Hadi de atuar militarmente para conter o avanço militar dos rebeldes houthis, que hoje chegaram às portas de Áden.

“Nossos países decidiram responder ao pedido do presidente iemenita, Abdo Rabbo Mansour Hadi, de proteger o Iêmen e seu povo do ataque das milícias houthis que foram e continuam sendo uma ferramenta nas mãos de uma força estrangeira”, asseguraram em comunicado conjunto divulgado pela agência oficial saudita “SPA”.

Em dita mensagem, os cinco países, membros do Conselho de Cooperação do Golfo Pérsico (CCG), insistiram em que “o golpe de Estado” dos houthis e seu avanço representam uma ameaça para a segurança e a estabilidade do Iêmen e da região, assim como para a “paz e a segurança internacional”.

Além disso, acusaram veladamente o Irã de respaldar os houthis com o “objetivo de exercer sua hegemonia sobre o Iêmen e transformá-lo em base para exercer sua influência sobre a região”. EFE

  • BlueSky

Comentários

Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.