Egito atua para garantir cessar-fogo entre Israel e milícias palestinas

  • Por Agencia EFE
  • 13/03/2014 11h03

Gaza, 13 mar (EFE).- Um dos principais líderes do movimento islamita radical palestino Jihad Islâmica, Khaled al Batsh, revelou nesta quinta-feira que o Egito intermediou para garantir a renovação do cessar-fogo entre Israel e as milícias em Gaza.

Em comunicado emitido à imprensa, Batsh afirmou que os esforços do Egito permitiram restaurar a calma na zona, cenário na quarta-feira de operações bélicas que não ocorriam desde a operação militar israelense pilar defensivo, realizada em outubro de 2012.

Após meses de tensão, a Jihad Islâmica lançou ontem dezenas de foguetes contra povoados do sul do país, que espalharam medo entre a população mas não causaram vítimas.

O ataque foi respondido de forma imediata pela artilharia e a aviação israelense, que bombardearam 29 posições das milícias palestinas em diferentes pontos do norte, centro e sul da Faixa da Gaza.

Nesta manhã, milicianos palestinos voltaram a disparar quatro foguetes contra o sul de Israel que, no entanto, caíram dentro da própria Faixa de Gaza, informou à Agência Efe uma porta-voz militar.

Os projéteis foram lançados por volta das 8h30 locais (3h30 de Brasília) do centro da Faixa de Gaza, bloqueada por Israel desde 2007, mas “não chegaram a alcançar o território israelense”, afirmou a porta-voz.

Poucas horas depois, e coincidindo com o início de uma reunião do Conselho de Segurança do governo israelense para avaliar a situação e estudar uma resposta, radicais lançaram uma nova leva de foguetes, que caíram em áreas despovoadas próximas aos portos mediterrâneos de Ashdod e Ashkelon.

Em um comunicado, a Jihad Islâmica afirmou que a operação, que chamou de Romper o Silêncio, tinha como objetivo principal vingar a morte de três de seus membros atingidos na terça-feira pela aviação israelense quando iriam disparar bombas.

O Egito foi o mediador fundamental para conseguir o cessar-fogo que pôs fim aos oito dias de enfrentamentos em outubro de 2012, que causaram a morte de mais de 100 palestinos e seis israelenses.

Cairo sempre teve uma estreita relação com o Hamas, grupo que as atuais autoridades militares egípcias observam com receio devido a suas conexões ideológicas, logísticas, culturais e financeiras com a Irmandade Muçulmana. EFE

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