Egito, Itália e Argélia pedem solução política para crise na Líbia
Cairo, 7 jun (EFE).- Egito, Itália e Argélia pediram neste domingo a todas as partes em conflito na Líbia para formarem um governo de união nacional, destacando a necessidade de estabilizar o país para combater o terrorismo e a imigração ilegal rumo à Europa.
Em entrevista coletiva após uma reunião realizada hoje no Cairo, os ministros de Relações Exteriores dos três países afirmaram que esse é um “momento crucial” para enfrentar a crise na Líbia.
O chanceler do Egito, Sameh Shukri, destacou que os problemas na Líbia afetam também os países vizinhos. Por isso, é preciso enfrentá-los para “superar os desafios representados pelo terrorismo e a imigração ilegal”, que usa o Egito como passagem para levar os líbios à Europa.
O chefe da diplomacia italiana, Paolo Gentiloni, disse que o encontro na capital egípcia ocorreu em um momento no qual é preciso encarar “com firmeza e sem demora” a crise na Líbia.
“Todas as partes têm que sentar na mesma mesa o mais breve possível para chegarem a um acordo nos próximos dias. Não há tempo”, alertou o ministro, acrescentando que não existe uma solução militar para o conflito, agravado desde a instalação de dois governos rivais.
Já o ministro das Relações Exteriores da Argélia, Ramtan Lamamra, afirmou que o terrorismo surge onde há “fraqueza ou ausência das instituições estatais”, destacando dessa forma a preocupação de seu governo que os jihadistas se espalhem pela Líbia.
Egito e Argélia temem que os radicais líbios, incluindo os filiados ao grupo Estado Islâmico, passem a ameaçar e atacar os países vizinhos, como já ocorreu com a execução de 20 egípcios coptas no norte da Líbia.
A Itália tem interesse em solucionar o conflito líbio por ser o destino de maior parte dos imigrantes ilegais que cruzam o Mar Mediterrâneo para chegar à Europa. EFE
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