Egito liberta antigo assessor do ex-presidente Mursi, diz sua família

  • Por Agencia EFE
  • 11/01/2015 21h10

Cairo, 11 jan (EFE).- A Justiça do Egito soltou Khaled Al-Qazzaz, antigo assessor para Relações Exteriores e Direitos Humanos do presidente deposto Mohammed Mursi, que já estava 558 dias preso sem acusações, informou neste domingo à Agência Efe seu cunhado, Ahmad Attia.

Al-Qazzaz, que passou os últimos meses detido em um quarto de hospital por motivos de saúde, foi posto em liberdade hoje depois que a Promotoria autorizou sua saída em 29 de dezembro, após encerrar a investigação que tinha contra ele, conforme explicou Attia.

Seus familiares comemoraram a libertação, mas expressaram “preocupação” pelo estado de saúde do antigo conselheiro. A família, que mora no Canadá, exigiu que ele recebesse autorização para viajar a esse país, onde eles têm permissão de residência.

Attia explicou que Al-Qazzaz precisa ser operado com urgência por conta de seu grave estado de saúde, causado pelas más condições vividas enquanto esteve preso.

Da mesma forma que outros assessores de Mursi, ele foi detido e mantido com paradeiro desconhecido durante meses até ser transferido a um presídio de segurança máxima em 17 de dezembro de 2013, conforme informou a Anistia Internacional.

Sarah Attia, a mulher de Al-Qazzaz, que lançou uma campanha internacional para conseguir a libertação do marido, expressou em comunicado seu desejo de que os governos egípcio e canadense acelerem os trâmites de retorno.

Mursi foi deposto em 3 de julho de 2013 pelos militares após vários dias de grandes protestos populares contra seu governo e contra os Irmandade Muçulmana, declarada posteriormente grupo terrorista. EFE

Comentários

Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.