Egito ordena julgamento militar a 58 acusados de terrorismo

  • Por Agencia EFE
  • 14/06/2015 16h45

Cairo, 14 jun (EFE).- A procuradoria egípcia enviou neste domingo à Justiça militar 58 acusados, supostos membros da Irmandade Muçulmana, por terem realizado atentados terroristas contra as instalações públicas e as forças de segurança do país.

Segundo a agência oficial de notícias “Mena”, o procurador-geral, Hisham Barakat, ordenou a mudança à procuradoria militar dos acusados, 37 dos quais estão atualmente detidos e o resto se encontra em paradeiro desconhecido.

O procurador os acusa de formar um grupo violento denominado “Desconhecidos contra o Golpe (de estado)”, que as autoridades acreditam estar por trás de atos de sabotagem contra instalações públicas e ataques contra as forças de segurança, no período entre agosto de 2013 e outubro de 2014.

Entre os atentados está um ataque com armas de fogo e coquetéis molotov contra a sede da companhia pública de gás, assim como a tentativa de explodir uma torre de eletricidade no bairro de Al Talbiya e de assaltar duas filiais bancárias, tudo isso na província de Giza, situada junto ao Cairo.

A procuradoria explicou que os acusados formaram o grupo terrorista em coordenação com líderes da Irmandade Muçulmana que estão fora do Egito e outros membros do grupo dentro do país, com o objetivo de desestabilizar o Estado.

O grupo “Desconhecidos contra o Golpe” foi criado no início deste ano e desde então reivindicou através de sua página no Facebook vários ataques contra as forças de segurança e propriedades públicas e privadas do Egito.

Este tipo de grupos armados se proliferou no Egito desde a destituição por um golpe militar do presidente egípcio, o islamita Mohammed Mursi, no dia 3 de julho de 2013, e a chegada ao poder pelo atual presidente, Abdul Fatah al Sisi.

Em outubro do 2014, Al Sisi aprovou uma lei segundo a qual os envolvidos em atos de violência contra instalações públicas consideradas “vitais” podem ser julgados em tribunais militares, algo muito criticado pelas organizações de direitos humanos locais e internacionais. EFE

Comentários

Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.