Egito pede a Israel que permita viagem de 2 dirigentes islamitas ao Cairo
Cairo, 3 ago (EFE).- O Egito entrou em contato neste domingo com Israel para que o país permita a viagem de dois dirigentes islamitas palestinos de Gaza para o Cairo para participarem de conversas com os mediadores egípcios que negociam uma trégua.
Uma fonte do governo egípcio disse à agência Efe que o Egito pediu a Israel autorização para que Khalil al-Khaya, membro do escritório política do movimento islamita palestino Hamas, e paraa Khaled al Batsh, dirigente do movimento de Al Jihad, viajem ao Cairo.
Khaya e Batsh devem se somar à equipe unificada negociadora formada na quinta-feira pelo presidente palestino, Mahmoud Abbas, integrada por 12 pessoas que representam todas as facções palestinas.
Israel impediu os dirigentes palestinos de saírem rumo ao Cairo “por razões de segurança”, acrescentou a fonte.
As conversas acontecerão a portas fechadas sob os auspícios do Egito e contarão com a participação dos EUA através do subsecretário de Estado, William Burns.
Esta manhã chegou ao Cairo uma delegação de sete membros do Hamas.
Segundo a agência estatal de notícias egípcia “Mena”, a delegação do Hamas, que saiu de Doha, é presidida por Izzat al Rishq, membro do escritório político do movimento.
À delegação se uniu a da facção islamita Al Jihad que chegou ontem à capital egípcia vinda de Ramala.
Fazem parte da delegação o número dois do Hamas, Moussa Abu Marzuq, e o dirigente do Fatah e chefe da delegação negociadora, Azam al Ahmed, Mohammed Nasr e Emad al Alami, membros do Hamas; Basam al Salehi, secretário-geral do partido do povo Palestino, Qais abdul Karim, membro do escritório político da Frente Democrática e Zyad Nejala, vice-secretário-geral da Al Jihad.
As delegações se reunirão em um hotel próximo ao aeroporto, onde foram reservados oito quartos para os palestinos.
Apesar de inicialmente haver a expectativa de participação de Israel, nas últimas horas parece ter desvanecido a possibilidade de Israel enviar ao Cairo uma delegação para participar das conversas.
Com as últimas vítimas, o número de mortos em Gaza desde que começou a operação Limite Protetor, em 8 de julho, chegou a 1.737 e o de feridos a 9.080. EFE
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