Egito prende funcionário de embaixada dos EUA ligado à Irmandade Muçulmana
Washington, 12 fev (EFE).- As autoridades egípcias detiveram há duas semanas um funcionário da embaixada dos Estados Unidos no Cairo e o mantêm retido sem acusações supostamente por seus laços com a Irmandade Muçulmana, informou nesta quarta-feira o Departamento de Estado, que contatou o governo do Egito para falar da situação.
“Podemos confirmar que um funcionário local da embaixada dos Estados Unidos foi detido em 25 de janeiro e que, pelo que sabemos, está detido sem acusações desde então. Estivemos em contato com o governo do Egito e pedimos mais informação sobre o caso”, disse uma porta-voz do Departamento de Estado, Marie Harf, em entrevista coletiva.
Ele foi detido no sábado, em seu dia livre, explicou a porta-voz, que não identificou o indivíduo pelo nome.
As autoridades egípcias declararam a Irmandade Mulçumana “grupo terrorista” em 25 de dezembro, e no início deste mês um tribunal do Egito proibiu as atividades da organização e ordenou o congelamento de seus bens.
Os Estados Unidos, por outro lado, “não designaram a Irmandade Muçulmana como organização terrorista”, por isso não veem razões para deixar de se relacionar com eles, indicou Harf.
“Deixamos muito claro no Egito que trabalharemos com todos os setores e todos os partidos para ajudar a impulsionar um processo inclusivo (no país). Também repetimos, em público e privado, nossos pedidos para que o governo interino avance de forma inclusiva”, destacou a porta-voz.
Acrescentou que “isso significa falar com todos os partidos, incluí-los no processo”.
“Não estamos dizendo como tem de ser o futuro governo, só que precisa ser inclusivo. E isso, certamente, inclui a Irmandade Muçulmana”, disse a porta-voz.
Os Estados Unidos “continuarão falando com a Irmandade Muçulmana no Egito como parte de sua relação com os diferentes partidos e grupos ali”, enfatizou Harf. EFE
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