Egito registra 2,6 mil mortes violentas desde destituição de Mursi

  • Por Agencia EFE
  • 31/05/2015 17h26
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Cairo, 31 mai (EFE).- Pelo menos 2.600 pessoas morreram por causa da violência política e atentados no Egito desde a derrocada militar de Mohammed Mursi da presidência em julho de 2013 até dezembro do ano passado, informou o Conselho Nacional de Direitos Humanos egípcio (CNDH) em um relatório divulgado neste domingo.

De acordo com o texto, entre os mortos há 1.800 civis, sendo 1.250 membros ou seguidores da Irmandade Muçulmana, e 700 oficiais e agentes da polícia e das forças armadas.

O órgão, que não explicou as outras 100 vítimas desse período, informou que 750 islamitas morreram durante o despejo policial, em 14 de agosto de 2013, realizado nos acampamentos dos seguidores de Mursi nas praças de Al-Nahda e Rabia al-Adawiya.

No texto é pedido às autoridades a modificação do Código Penal para reduzir os crimes castigados com pena de morte, que atualmente é a condenação indicada para 75 crimes, segundo a lei egípcia. Centenas de pessoas foram condenadas à pena de morte no último ano no Egito em grandes julgamentos que as organizações em defesa dos direitos humanos criticaram por considerar que não foram respeitados os princípios de justiça e que as sentenças foram muito severas.

O próprio Mursi foi condenado à morte de forma provisória pelo caso da fuga de uma prisão durante a revolução de 2011, que derrubou o então líder Hosni Mubarak, embora essa pena ainda precise ser confirmada em 2 de junho.

Além disso, o CNDH pediu que fosse aumentado o número de pessoas que recebem a liberdade condicional, devido à aglomeração existente nas prisões egípcias. Segundo o relatório, as penitenciárias do país superam 160% de sua ocupação e as delegacias mais de 300%.

O organismo reivindicou ainda reformas legislativas para acabar com a tortura nas penitenciárias e medidas preventivas para eliminar esta prática. Como exemplo, citou a necessidade de pôr fim ao isolamento dos réus, permitir a comunicação com o mundo exterior e reter os presos somente nos centros legais de detenção. EFE

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