Egito também suspende compra de carne brasileira por suspeita de vaca louca

  • Por Agencia EFE
  • 09/05/2014 16h51

Brasília, 9 mai (EFE).- Depois do Peru, o Egito também decidiu suspender por 180 dias a compra de carne bovina brasileira por suspeita de um caso do mal da “vaca louca”, conforme informou o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento nesta sexta-feira.

A decisão do Egito afeta mais ao Brasil, já que o país compra 9,62% da carne bovina brasileira, enquanto que o Peru é o destino de 0,1% das exportações de carne do país.

O Peru já tinha decidido embargar durante 180 dias suas compras de carne bovina, conforme anunciou ontem o Ministério da Agricultura.

Há duas semanas, o governo confirmou a suspeita que uma vaca de 12 anos, sacrificada dias antes, pode ter sofrido de Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB), conhecido como “mal da vaca louca”.

A suspeita recaiu sobre um único animal que tinha sido alimentado exclusivamente com pasto e sal mineral, em uma fazenda do Mato Grosso dedicada à criação de gado em grandes extensões.

De acordo com as autoridades brasileiras, esse seria um caso atípico de “vaca louca”, e acreditam que isso será provado em análises que serão realizadas no laboratório de referência internacional da Organização Mundial da Saúde Animal (OIE), para onde foram enviadas as amostras necessárias. O resultado está previsto para ser divulgado entre hoje e segunda-feira.

O Ministério da Agricultura afirmou que a carne do animal suspeito não foi destinada ao mercado para consumo humano ou animal e que o material de risco foi incinerado.

O órgão lembrou que a OIE manteve em maio do ano passado o status do Brasil, o maior produtor e exportador mundial de carne bovina, como país com “risco insignificante” para o mal de vaca louca apesar de a confirmação de um caso atípico da doença em dezembro de 2012.

Nessa época, 17 países suspenderam suas importações de carne bovina brasileira, mas retomaram depois que a OIE confirmou que o caso era atípico e não configurava um risco para a saúde. EFE

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