Egito vê terrorismo como hipótese mais provável na queda de avião
A França não descartou a possibilidade e a Rússia diz que todos os indícios apontam para o terrorismo; ministro disse que chance de atendado é "mais elevada do que uma falha técnica"
Ministro da aviação do Egito Sharif Fathi fala sobre queda de avião no MediterrâneoO ministro de Aviação do Egito, Sharif Fathi, disse nesta quinta-feira em entrevista coletiva que a possibilidade de uma ação terrorista ter provocado o acidente do avião da EgyptAir é mais elevada do que uma falha técnica.
“Digo por que não quero fazer especulações ou suposições como outros, mas se você analisar a situação adequadamente, a possibilidade de ser uma ação diferente ou terrorista é mais elevada do que uma falha técnica”, disse o ministro quando perguntado pela imprensa sobre o possível problema apresentado pela aeronave.
Mesmo assim, Fathi reiterou várias vezes que isso se trata de uma “suposição” e que ainda é cedo para saber por que o Airbus A320 da EgyptAir desapareceu dos radares durante a madrugada.
O ministro explicou que o último contato com o avião, que decolou de Paris com destino ao Cairo, ocorreu por volta das 2h30 locais (21h30 de ontem em Brasília), quando ele estava entre 10 e 15 milhas dentro do espaço aéreo do Egito.
A bordo do avião estavam 56 passageiros, sete tripulantes e três agentes de segurança. Do total, são 30 egípcios, 15 franceses, além de cidadãos de outras nacionalidades.
Anteriormente, o presidente da França, François Hollande, também não descartou nenhuma hipótese, incluindo a de atentado terrorista, apesar de nenhuma organização ter reivindicado o ataque ao avião.
Já o chefe do Serviço Federal de Segurança da Rússia (FSB, antiga KGB), Aleksandr Bortnikov, afirmou que todos os indícios apontam que o acidente tenha sido provocado por um atentado terrorista.
O Airbus A320 da EgyptAir foi fabricado em 2003 e, desde que entrou em operação, acumulou 48 mil horas de voo.
No dia 31 de outubro do ano passado, um Airbus A321 da companhia russa MetroJet caiu na Península do Sinai, no Egito, com 224 pessoas, após uma explosão. A ação foi reivindicada pela filial egípcia do grupo terrorista Estado Islâmico (EI).
O incidente fez com que vários países restringissem voos ao Egito por motivos de segurança, como a própria Rússia, que proibiu a EgyptAir de operar em seu território.
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