EI ameaça executar dois reféns japoneses e exige resgate de US$ 200 milhões
Beiirute, 20 jan (EFE).- O grupo jihadista Estado Islâmico (EI) ameaçou nesta terça-feira executar dois reféns japoneses e exigiu por eles um resgate de US$ 200 milhões, segundo um vídeo divulgado em foros utilizados habitualmente pelos extremistas.
Os sequestrados, identificados como Haruna Yukawa e Kenji Goto Jogo, aparecem ajoelhados e vestidos com um macacão laranja que já é frequente nos vídeos do EI, enquanto as ameaças são efetuadas por um combatente, que dá um prazo de 72 horas ao governo japonês para responder a sua reivindicação.
“Ao primeiro-ministro do Japão (Shinzo Abe): Embora esteja a mais de 8,5 mil quilômetros do Estado Islâmico, te apresentaste disposto como voluntário para tomar parte nesta cruzada”, diz o jihadista, que fala em inglês e que aparentemente é o mesmo que costuma aparecer nos vídeos de reféns ocidentais.
O combatente acusou o governo japonês de ter doado US$ 200 milhões para combater o EI, aludindo ao anúncio feito por Abe há três dias no Cairo.
Por esse motivo, o radical deu um ultimato de 72 horas ao povo japonês para que pressione seu Executivo para que tome a decisão de pagar essa quantidade ao EI, a fim de salvar as vidas dos reféns.
Acredita-se que Yukawa, de 42 anos, poderia ter sido sequestrado em Aleppo em agosto enquanto estava com membros de uma facção rebelde rival do EI, segundo meios de comunicação japoneses.
Os motivos de sua estadia no território sírio são confusos, embora, de acordo com fontes insurgentes citadas pela imprensa japonesa, teria sido capturado quando acompanhava membros da Frente Islâmica em um enfrentamento.
Por sua vez, Jogo é um jornalista freelancer que foi capturado pelo EI quando estava na Síria cobrindo o conflito bélico e conheceu Yukawa.
A organização extremista proclamou um califado na Síria e Iraque no final de junho de 2014.
Até o momento, o EI decapitou a cinco sequestrados ocidentais: os jornalistas americanos James Foley e Steven Sotloff, e os voluntários britânicos David Haines e Alan Henning, e o americano Peter Kassig. EFE
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