EI assume autoria de ataque suicida contra mesquita na Arábia Saudita
Riad, 29 mai (EFE).- O grupo Estado Islâmico (EI) assumiu a autoria de um ataque suicida realizado nesta sexta-feira contra uma mesquita xiita de uma cidade de Damman, no leste da Arábia Saudita, que matou quatro pessoas e deixou outras quatro feridas.
A organização terrorista afirmou, em comunicado divulgado pelas redes sociais, que o atentado teve como alvo uma dos “grandes antros do politeísmo na península Arábica” e destacou o “heroísmo” do responsável pelo ataque, identificado como Abu Yandal al Yarzraui.
Além disso, o EI condenou a dinastia da família Al Saud e convocou os moradores do país a apoiarem uma “limpeza dos xiitas” de dois santuários do Islã (as cidades santas de Meca e Medina).
O porta-voz do Ministério do Interior da Arábia Saudita, general Mansur al Turki, explicou em comunicado que as primeiras investigações indicam que o terrorista, vestido como uma mulher, detonou um cinto repleto de explosivos na entrada do local.
Na sexta-feira passada, um suicida usou uma estratégia similar para promover um ataque contra a mesquita do Imame Ali Abi Talib, na cidade saudita de Al Qadih, situada na província de maioria xiita de Al Qatif, no leste do país.
Este ataque, que provocou 21 mortos e uma centena de feridos, é o mais grave perpetrado contra os xiitas sauditas em todo o reino há uma década, e evidencia as intenções do grupo jihadista Estado Islâmico (EI), que reivindicou o atentado, de atacar os cidadãos que não professam a doutrina sunita.
Já em novembro do ano passado, uma gravação atribuída ao dirigente do EI, Abu Bakr al Baghdadi, convocou uma guerra na Arábia Saudita e pediu aos sauditas para se rebelar contra os xiitas de seu país, a família governante Al Saud e o Exército.
O Irã e os movimentos xiitas dos diferentes estados árabes acusam o governo da Arábia Saudita (de confissão sunita) de apoiar os grupos extremistas em países em crise como a Síria e o Iraque para criar um contrapeso às milícias xiitas que lutam a favor desses regimes. EFE
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