EI fecha cibercafés para restringir uso de internet em cidade síria
Beirute, 20 jul (EFE).- O grupo jihadista Estado Islâmico (EI) começou a fechar nesta segunda-feira cibercafés na cidade de Raqqa, seu principal reduto na Síria, para desligar os aparelhos de wifi que fornecem internet às casas, informaram ativistas.
A ONG Raqqa is Being Slaughtered Silently (Raqqa está sendo massacrada em silêncio), que conta com uma rede de ativistas na população, destacou em sua página do Facebook que a proibição começou a valer hoje, depois de o EI ter invadido os estabelecimentos desta cidade, localizada no norte da Síria.
O Observatório Sírio de Direitos Humanos confirmou estas informações e apontou que membros do EI entraram em vários desses locais para inspecionar e expulsar quem estivesse presente.
Ontem, a ONG revelou que os jihadistas tinham notificado os donos dos cibercafés que deviam cortar a internet das casas próximas, inclusive as habitadas por combatentes do grupo, em um prazo máximo de quatro dias. Esse tipo de loja distribui internet a moradores de edifícios próximos, em troca de uma taxa.
Segundo o Observatório, o objetivo do EI é impedir que sejam divulgadas notícias do que acontece dentro de Raqqa e evitar que os milicianos estrangeiros entrem em contato com familiares. A organização extremista pretende ainda evitar qualquer contato de seus combatentes não sírios com o exterior por medo de que colaborem com os Serviços de Inteligência de algum país.
Há um ano, o EI proclamou califado na Síria e no Iraque, onde conquistou grandes partes dos territórios. EFE
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