EI libera reféns assírios sequestrados em Al Hasaka, segundo ativistas

Beirute, 6 mar (EFE).- O grupo jihadista Estado Islâmico (EI) libertou nesta sexta-feira os reféns assírios, grupo étnico de credo cristão, sequestrados na semana passada em vários povoados da província de Al Hasaka, na Síria, informou o Observatório Sírio de Direitos Humanos.

O número exato de sequestrados é incerto: o Observatório afirma que o EI capturou a 220 pessoas, das quais posteriormente libertou 28; já fontes assírias indicam que o número total de reféns era de 373, dos quais os extremistas soltaram 23.

A ONG, que cita um alto comandante militar assírio de Al Hasaka, esclareceu que embora os sequestrados tenham sido libertados, ainda se encontram em uma zona sob controle do EI.

Em declarações à Agência Efe por telefone de Al Hasaka, um dos comandantes do Conselho Militar Siriaco Sírio (CMSS), Kino Gabriel, disse que por enquanto tudo são rumores e até que os sequestrados cheguem a áreas da província fora do domínio do EI não se pode consider que foram libertados.

Em 23 de fevereiro, os extremistas invadiram várias cidades de maioria assíria da província de Al Hasaka, como Tal Shamiram e Tal Hurmuz, de onde se levaram os reféns.

Desde então, estão ocorrendo negociações com a mediação de tribos árabes da região para a libertação dos sequestrados.

Na região de Al Hasaka habita a maior parte dos assírios da Síria, um grupo étnico que também tem presença no Iraque e Turquia.

Antes do início do conflito em território sírio, em março de 2011, havia 200 mil assírios no país, embora agora só restem entre 15 e 20 mil.

Seu idioma, o assírio, é uma mistura de acadio, uma antiga língua de Mesopotâmia, e de aramaico, que também se usa na liturgia. São cristãos e seguem as igrejas caldeia, siriaco-ortodoxa e a assíria do leste. EFE