EI na Argélia nomeia ex-membro da Al Qaeda como seu novo líder

  • Por Agencia EFE
  • 24/07/2015 13h20

Argel, 24 jul (EFE).- O grupo jihadista “Jund al-Khalifah fi Ard al-Jazayer” (soldados do califado em terra da Argélia), ligado ao Estado Islâmico (EI), nomeou um novo emir, informou nesta sexta-feira o jornal digital “Tout Sul Algérie”.

Segundo a publicação, o eleito é Mohammed Benhenni, conhecido como “Al Zubir”, um radical que durante anos pertenceu ao Grupo Salafista para a Pregação e o Combate (GSPC), uma das organizações que tingiu a Argélia de sangue durante a década de 1990.

Benhenni, de 44 anos, nasceu em Blida, cidade vizinha a Argel, e, após o fim da guerra contra o terrorismo na Argélia, deixou o GSPC e se uniu à organização da Al Qaeda no Magrebe Islâmico (AQMI).

O jihadista argelino substitui Abu Abdullah Osman al-Assimi, morto em 20 de maio em uma operação militar nas montanhas da cidade de Buira, na Cabília.

O “Jund al-Khalifah” assumiu em setembro de 2014 a responsabilidade pela execução do cidadão francês Pierre Hervé Gourdel, sequestrado em Tizi Ouzou, capital da Cabília.

A atividade jihadista cresceu nos últimos meses em diversas partes da Argélia, país que na década de 1990 enfrentou uma das piores ofensivas terroristas dos radicais islâmicos.

No fim de semana, pelo menos nove soldados argelinos morreram em uma emboscada no oeste de Argel por uma das diversas facções jihadistas que atuam no país.

A notícia foi confirmada pelo Ministério da Defesa, horas depois de a imprensa reproduzir um comunicado da AQMI que reivindicava a morte de 14 soldados na região de Ain Dafla.

Esta semana, o exército argelino anunciou a morte de cinco jihadistas em uma operação de retaliação pelo atentado em Ain Dafla. EFE

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