“El Chapo” é acusado de 17 crimes e pode ser condenado à prisão perpétua
O narcotraficante mexicano Joaquín “El Chapo” Guzmán terá que responder nos tribunais de Nova York por 17 crimes e, se for declarado culpado, pode ser condenado à prisão perpétua, informaram nesta sexta-feira fontes oficiais.
As autoridades americanas anunciaram hoje em entrevista coletiva que, embora “El Chapo” Guzmán seja requerido pela Justiça de sete estados, a acusação formal será levada em conjunto pelas procuradorias federais de Nova York e de Miami.
O procurador do Distrito Leste de Nova York, Robert Capers, disse que o julgamento pode se prolongar por várias semanas. Além disso, destacou que, de acordo com o combinado com o governo do México, ficou excluída a possibilidade de se aplicar a pena de morte.
Tanto Capers como o procurador do Distrito Sul da Flórida, Wilfredo Ferrer, explicaram partes do procedimento que se seguirá para coordenar as ações que há vários anos foram sendo reunidas contra o narcotraficante mexicano em diferentes estados.
“El Chapo” foi extraditado do México ontem à noite para responder a crimes cometidos nos estados de Nova York, Flórida, Texas, Illinois, Arizona e New Hampshire.
Capers esclareceu que a decisão de concentrar a acusação em dois estados foi adotada após uma “revisão exaustiva” das distintas causas e se determinou que uma associação entre as procuradorias de Nova York e Miami permitiria dar “um impulso mais forte” para levar o processo adiante.
“O processo é uma combinação de Nova York e Miami, mas (“El Chapo”) não irá para Miami”, ressaltou Ferrer.
As autoridades disseram que desconheciam ainda se “El Chapo” vai cooperar com as autoridades ou proporcionar informação sobre a causa, algo que terá que decidir com seus advogados.
Por sua vez, o vice-procurador-geral adjunto dos Estados Unidos, Kenneth Blanco, confirmou que as autoridades americanas foram notificadas ontem mesmo da intenção do México de extraditar “El Chapo”, mas que já estavam preparados para a transferência.
No entanto, diante de perguntas sobre o momento eleito, a última noite com Barack Obama na Casa Branca e horas antes da posse de Donald Trump, Capers disse que não queriam entrar em “especulações” nesse sentido.
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