Eleições foram primeiro passo para renovação democrática do Haiti, indica UE

  • Por Agencia EFE
  • 11/08/2015 19h19

Porto Príncipe, 11 ago (EFE).- A chefe da Missão de Observação da União Europeia (UE) no Haiti, Elena Valenciano, afirmou nesta terça-feira que o país deu o primeiro passo rumo à renovação da democracia, apesar da pouca participação e dos incidentes registrados durante as eleições do último domingo.

Em entrevista coletiva realizada hoje, a observadora internacional, que acompanha a eleição desde o dia 12 de julho, reconheceu que a participação da população no pleito não foi muito alta, mas destacou o fato de todos os partidos terem representantes, sem exceções, e de uma entidade independente ter garantido o processo.

Apesar das três mortes registradas durante a jornada eleitoral na cidade de Dondon, no norte do país, e do fechamento antecipado de dezenas de centros de votação, a observadora da UE acredita que os incidentes não mancharam o pleito.

“Tudo é muito mais difícil aqui e, no entanto, podemos dizer que o processo terminou com sucesso. Deu-se um passo muito importante para a democracia haitiana”, disse Elena sobre as eleições, nas quais 5,8 milhões de pessoas foram às urnas.

Mesmo com os elogios, a representante da UE destacou que ainda persistem certas lacunas e ambiguidades na legislação do Haiti. Todos os problemas encontrados pela equipe comandada por Elena serão apresentados em um relatório que será divulgado ainda hoje.

O Haiti celebrou no domingo o primeiro turno das eleições legislativas, oito meses depois da dissolução do parlamento e com um atraso de mais de três anos para a realização do pleito.

Serão escolhidos 20 dos 30 membros do Senado e todos os 119 representantes da Câmara dos Deputados. No próximo dia 25 de outubro, os haitianos vão às urnas para decidir quem será o novo presidente do país.

Segundo as autoridades, os resultados do pleito serão divulgados em um prazo máximo de oito dias. EFE

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