Eleições no Congresso abrem ano político e possuem reflexos diretos no segundo mandato de Dilma Rousseff

  • Por Jovem Pan
  • 31/01/2015 11h07
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BRASÍLIA, DF, 09.12.2014: SENADO/DF - - Sessão deliberativa no plenário do Senado Federal, sob a presidência do senador Renan Calheiros (PMDB-AL), nesta terça-feira (09), no Congresso, em Brasília. Com gastos de quase R$ 4 milhões, o Senado inaugurou nesta terça (9) os novos painéis de votações nas comissões e no plenário da Casa. (Foto: Pedro Ladeira/Folhapress) Pedro Ladeira/Folhapress Senado Federal

Neste domingo, os senadores e deputados assumem suas cadeiras em Brasília e, independente do resultado, o governo terá sérios desgastes. A eleição no Congresso abre o ano político brasileiro com disputa acirrada na Câmara e reflexos diretos no segundo mandato de Dilma Rousseff.

No Senado, a situação poderia ser considerada mais tranquila, com quase certa a reeleição do governista Renan Calheiros. Mas o peemedebista tem seu nome vinculado à Operação Lava Jato, um problema para o Supremo, dentro da investigação do Ministério Público.

Na Câmara, o favorito na disputa, Eduardo Cunha, do PMDB, é um rival histórico do PT e passaria a ter o poder da pauta de votações da casa.

O presidente do Congresso em Foco, Silvio Costa, diz que a fidelidade da base governista será testada no pacote de redução dos direitos trabalhistas.

“Isso aí é um teste fundamental para a Dilma. Político muitas vezes se elege dizendo uma coisa e, após eleito, faz exatamente o contrário disse. Ela não é a primeira. Mas teve um impacto muito grande. Me parece que o Governo vai ter grandes dificuldades de aprovar essas medidas no formato em que elas se encontram”, comentou.

A eleição da Câmara terá quatro candidatos: Arlindo Chinaglia, do PT, Chico Alencar, do PSOL, Eduardo Cunha, do PMDB, e Júlio Delgado, do PSB.

O esforço do PT é cobrar deputados e partidos com cargos no governo federal para o voto, que é secreto, em Arlindo Chinaglia. Chinaglia e Cunha pertencem a partidos da base de Dilma Rousseff e, diante do acirramento da disputa, dificilmente não haverá rescaldo nas relações.

Em entrevista a Marcelo Mattos, o diretor executivo da Transparência Brasil, Cláudio Abramo, condena o fisiologismo na disputa pela presidência da casa. “As negociações, se é que podemos chamar assim, se dão em torno de distribuição de cargos, vantagens pessoais, comércio de emenda parlamentar, ou seja, todos os procedimentos que nada tem a ver com representação político e do que se espera dos parlamentares”, disse.

O presidente do PSDB, Aécio Neves, reiterou apoio ao PSB e, juntamente, com PV e PPS poderiam chegar a 106 deputados para Julio Delgado. O cenário é bem vindo ao PT para tentar levar a eleição da Câmara ao segundo turno e buscar reverter a vantagem atual de Eduardo Cunha.

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