Elián González é condecorado pela Juventude Comunista em Cuba
Havana, 4 abr (EFE).- O “menino náufrago” cubano Elián González, protagonista em 1999 de um famoso caso de imigração ilegal aos Estados Unidos, recebeu em Havana uma das máximas condecorações concedidas pelo Conselho de Estado a partir de proposta da União de Jovens Comunistas (UJC), informou hoje a imprensa local.
González, atualmente de 20 anos e estudante de Engenharia Industrial, recebeu na quinta-feira a medalha “José Antonio Echeverría” junto a outro grupo de jovens, reconhecidos por sua contribuição nos setores de saúde, esporte, indústria, forças armadas e Ministério do Interior, afirmou o jornal “Juventud Rebelde”.
A publicação, porta-voz oficial da UJC, explicou que as condecorações também reconhecem “relevantes resultados na docência, pesquisa e participação nas tarefas” da organização.
González, que fez um discurso em nome dos condecorados, destacou “o compromisso de seguir o curso da Revolução”, convocou os jovens a conhecer as tradições e a cultura do país e a “adorar” a ilha para “contribuir com as transformações que a sociedade requer”, segundo o jornal.
O antigo menino náufrago também se referiu ao “dever de lutar” pela libertação dos três dos cinco agentes cubanos condenados por espionagem nos Estados Unidos, que até hoje seguem presos.
Elián González era uma criança de cinco anos em novembro de 1999, quando milagrosamente ficou flutuando em uma câmara de pneu após o naufrágio da embarcação com imigrantes ilegais na qual viajava com sua mãe, Elizabeth Brotons, que morreu junto a outras dez pessoas quando tentavam alcançar a Flórida.
A criança foi resgatada do mar por dois pescadores americanos e foi entregue em Miami (Flórida) a parentes em custódia temporária, o que gerou uma pesada disputa legal, familiar e política entre os governos de Cuba e dos EUA, que concluiu com seu retorno em junho de 2000 à ilha caribenha com seu pai. EFE
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