Elizabeth II fecha visita à Irlanda do Norte com lembrança a soldados mortos

  • Por Agencia EFE
  • 25/06/2014 14h21
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Dublin, 25 jun (EFE).- A rainha Elizabeth II da Inglaterra encerrou nesta quarta-feira a visita de três dias à Irlanda do Norte, a segunda desde 2012, rendendo uma homenagem aos soldados da ilha mortos na I Guerra Mundial (1914-1918).

A soberana, de 88 anos, e seu marido, o duque de Edimburgo, de 93, participaram de um ato celebrado na cidade de Coleraine, no condado de Londonderry, para marcar o centenário do começo da Grande Guerra.

O evento, organizado pela Legião Real Britânica, foi assistido por representantes da Irlanda do Norte e da República da Irlanda, homenageou os milhares de soldados da ilha que lutaram nessa disputa no continente europeu.

A I Guerra Mundial terminou três anos antes de o governo britânico decidir encerar com sua própria ocupação da ilha, apesar de ter mantido a soberania sobre seis condados da província do Ulster, que passou a chamar Irlanda do Norte.

Centenas de pessoas em Coleraine ignoraram a chuva para poder ver o casal real neste ato, convocado na prefeitura, e alguns sortudos chegaram a trocar breves palavras com a monarca.

Essa foi a tônica da visita, cujo itinerário, ao contrário das visitas anteriores, que tiveram fortes medidas de segurança, se tornou público com antecedência, o que permitiu desta vez mais interação com o povo.

Com a lembrança hoje da Grande Guerra, Elizabeth II encerrou uma viagem que buscou mostrar seu comprometimento com o processo de paz e com a recuperação econômica da região.

Neste clima mais descontraído, a soberana britânica se encontrou ontem com algumas das estrelas de “Jogo de Tronos” nos Estúdios Pain Hall de Belfast, onde a emissora americana “HBO” roda a popular série de televisão.

Ela pôde ver de perto, mas sem chegar a se sentar, uma réplica do icônico Trono de Hierro de Westeros, o assento real que, segundo o roteiro da série, só é desejado pelos monarcas mais maquiavélicos.

Também passeou por um mercado histórico da capital norte-irlandesa, aonde alguns curiosos se aproximaram da rainha para fazer “selfies”, algo impensável na Irlanda do Norte há apenas dois anos.

Em 2012, no entanto, a Rainha e o vice-ministro principal norte-irlandês, o ex-comandante do já inativo IRA, Martin McGuinnes, protagonizaram um dos momentos mais importantes e simbólicos do processo de paz norte-irlandês quando deram as mãos em Belfast.

O próprio dirigente nacionalista e ministro principal, o protestante Peter Robinson, acompanharam ontem o casal à prisão de Crumlin, cdentro de detenção de católicos e protestantes durante o conflito, transformado agora em atração turística.

O “número dois” do Sinn Féin passou um mês detido em Crumlin, acusado de pertencer ao IRA em 1976, enquanto o líder do majoritário Partido Democrático Unionista (DUP) foi preso várias vezes ali por participar de manifestações contra o governo britânico na década de 80. EFE

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