ELN descarta cessar-fogo unilateral no segundo turno na Colômbia
Bogotá, 8 jun (EFE).- O Exército de Libertação Nacional (ELN) anunciou neste domingo que não fará um cessar-fogo unilateral para o segundo turno das eleições presidenciais na Colômbia, como as Farc, que declararam um, vigente de 9 a 30 de junho.
O ELN, a segunda guerrilha do país, disse, no entanto, que respeitará a vontade e o direito ao voto dos cidadãos nas eleições de 15 de junho.
No comunicado, o ELN afirmou que: “respeitaremos a vontade e o direito dos eleitores de exercerem o voto e, nesse sentido, não realizaremos atividades que possam afetá-los, nem interromperemos o processo eleitoral”.
Segundo o ELN, cada vez que anunciam uma trégua unilateral “isto é utilizado pelas Forças Armadas do Estado para tirar vantagens militares contra nós”.
A guerrilha acrescentou que, quando tentam se defender de alguma operação militar, as Forças Armadas “se antecipam em denunciar que é a insurgência quem viola o compromisso e não cumpre sua palavra”.
Assinado nas montanhas da Colômbia, o ELN garantiu no comunicado que “o mecanismo da cessação do fogo pode ser válido quando há sensatez e reciprocidade por parte do estado, e em favor dos interesses populares, e não para tirar proveito militar”.
No primeiro turno das eleições presidenciais, realizadas em 25 de maio, as Farc e o ELN declararam conjuntamente um cessar-fogo unilateral entre os dias 20 e 28.
No sábado, ao anunciar o novo cessar-fogo para o segundo turno, o chefe máximo das Farc, Rodrigo Londoño, conhecido como “Timochenko”, explicou em carta que a intenção era declará-lo conjuntamente com o ELN, mas isso não aconteceu por falta de comunicação.
No próximo domingo os colombianos decidirão se reelegem o presidente Juan Manuel Santos ou se escolhem o opositor Óscar Iván Zuluaga, do movimento uribista Centro Democrático. EFE
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