Em Anápolis, Dilma inaugura primeiro trecho da Ferrovia Norte-Sul
Rio de Janeiro, 22 mai (EFE).- A presidente Dilma Rousseff inaugurou nesta quinta-feira um trecho de 855 quilômetros da chamada Ferrovia Norte-Sul, que a governante qualificou como a “coluna vertebral” do país por comunicar regiões produtoras do sul e do centro do país com os portos do norte.
“A Ferrovia Norte-Sul é a concretização do sonho de ter uma espinha dorsal no sistema ferroviário brasileiro”, afirmou a presidente em mensagem no Twitter.
O trecho inaugurado hoje, que exigiu um investimento de R$ 4,2 bilhões, comunica as cidades de Palmas, no Tocantins, e Anápolis, em Goiás.
Esta linha complementa uma de 719 quilômetros em operação desde 2007 e que comunica Palmas com Açailândia, no Maranhão, próxima à capital São Luís e de Belém, os principais portos do litoral norte do Brasil.
Um novo trecho, já em construção, conectará Anápolis com Estrela do Oeste, no interior de São Paulo.
Uma vez concluída em todos seus trechos, esta ferrovia terá uma extensão de 4.155,6 quilômetros e passará por dez estados.
De acordo com a presidente, quando esteja concluída em toda sua extensão, esta ferrovia permitirá que a produção dos municípios do interior do Brasil possa ser transportada por trem até portos do norte, com o que reduzirá os preços de frete e a pressão sobre as saturadas estradas do país.
“(A ferrovia) é uma coluna vertebral que vai permitir que um estado como Goiás, que é o do interior, seja um estado perto do mar, dos navios. Ela coloca o litoral aqui, transforma Goiás num polo logístico, porque será crucial para articular todos os sistemas de transporte do Brasil, tanto os que se dirigem ao sul, quanto aqueles que se destinarão ao norte”, comentou Dilma.
A presidente acrescentou que os portos do norte podem se transformar nos mais importantes do país devido ao traçado de várias hidrovias e ferrovias em obras, e a que sua proximidade com a Europa e América do Norte reduz os custos do transporte marítimo.
O cabo da Ferrovia Norte-Sul foi anunciado há 27 anos, mas começou a ser construído apenas na última década por falta de investimentos.
O trecho inaugurado hoje atravessa 34 municípios e exigiu a construção de 35 pontes, 36 viadutos e dois túneis.
A expectativa do governo é que o novo trecho permita inicialmente o transporte de 4 mil toneladas de ferro ao ano entre Anápolis e Porto Nacional, de onde o mineral pode ser conduzido por terra ao porto de Itaqui, em São Luís, para seu embarque ao exterior. EFE
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