Em Angola, países vizinhos pedem adiamento das eleições no Burundi

  • Por Agencia EFE
  • 19/05/2015 14h03
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Johanesburgo, 19 mai (EFE).- Os países africanos da região dos Grandes Lagos pediram ao presidente do Burundi, Pierre Nkurunziza, que adie as eleições de forma indefinida após semanas de protestos e uma tentativa frustrada de um golpe de Estado, em uma cúpula extraordinária realizada ontem em Angola.

“As eleições devem ser adiadas indefinidamente até que haja estabilidade, o que permitiria que as eleições sejam livres e justas”, disse nesta terça-feira em comunicado o presidente da África do Sul, Jacob Zuma, que participou do evento em Luanda.

Este apelo se soma ao dos líderes de vários países vizinhos e da comunidade internacional, que se mostraram partidários de um adiamento das eleições, nas quais Nkurunziza pretende conseguir um terceiro mandato que excede o limite estabelecido na Constituição burundinesa para a permanência de um chefe de Estado no poder.

“Pactuamos que uma delegação de chefes de Estado de Quênia, Uganda, Tanzânia e África do Sul visitará Burundi no menor espaço de tempo possível para avaliar a situação e contribuir para uma resolução pacífica da situação”, anunciou Zuma.

Além disso, a cúpula da Conferência Internacional sobre a Região dos Grandes Lagos (CIRGL), que reúne os países da região, condenaram a tentativa de golpe militar sofrido por Nkurunziza na quarta-feira passada, enquanto ele estava em uma cúpula regional na Tanzânia.

Ontem, milhares de burundineses saíram de novo às ruas da capital, Bujumbura, para protestar contra os planos do presidente de concorrer a um terceiro mandato.

Nkurunziza anunciou ontem uma remodelação parcial de seu governo e demitiu os ministros de Defesa, Relações Exteriores e Comércio, que foram substituídos por pessoas de seu círculo de confiança. EFE

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