Em assembleia, professores de São Paulo decidem manter greve
Em assembleia no vão-livre do Museu de Arte de São Paulo (Masp), os professores da rede pública estadual de São Paulo decidiram manter a greve, que teve início no dia 13 de março. Esta é, segundo a presidenta do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp), Maria Izabel Azevedo Noronha, uma das maiores greves dos professores de São Paulo.
“Esta não é ainda a maior. A maior foi em 1989, com 80 dias [de paralisação]. A segunda foi a de 1993, com 79 dias. Essa está caminhando, mas esperamos uma resolução logo para que a gente possa voltar para a sala de aula e os alunos terem a reposição”, disse a presidenta do sindicato.
Os professores reivindicam reajuste salarial de 75,33%. Uma nova assembleia da categoria está marcada para a próxima sexta-feira (22), também no vão-livre do Masp. “São 64 dias de greve, com dificuldades, porque o governo jogou com o desconto dos dias parados, mas entramos com ações no Tribunal de Justiça, que deu uma vitória arrasadora para o nosso movimento. Se estamos aqui é porque estamos dizendo que vamos continuar com nossa forma de luta”, disse a presidenta do sindicato.
Segundo a presidente do sindicato, a assembleia de hoje reuniu cerca de 40 mil professores. A Polícia Militar falou, no entanto, que por volta das 14h30, uma hora antes do início da assembleia, haviam 200 pessoas no ato e informou que este era o número mais atualizado que a corporação tinha até as 16h40.
Neste momento, os professores seguem em caminhada pela Avenida Paulista, passando pela Avenida 23 de Maio, com destino ao Tribunal de Justiça, no centro da capital, para pedir que a liminar conquistada pelos professores esta semana – e que determina que os dias parados não sejam descontados pelo governo estadual – seja cumprida.
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