Em Buenos Aires, Obama diz que sua prioridade é derrotar o Estado Islâmico

  • Por Agência Estado
  • 23/03/2016 15h18
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EFE Barack Obama durante discurso na Argentina (EFE)

Um dia após os ataques terroristas em Bruxelas, o presidente dos EUA, Barack Obama, declarou que a luta contra o Estado Islâmico é prioridade em seu governo e prometeu que os EUA vão perseguir o grupo jihadista até que ele seja completamente destruído.

“Eu tenho um monte de coisas no meu prato, mas a minha prioridade é derrotar o Estado Islâmico e eliminar o flagelo deste terrorismo bárbaro que tem acontecido em todo o mundo”, disse Obama nesta quarta-feira em discurso ao lado do presidente da Argentina, Mauricio Macri, em Buenos Aires. “Não há algo mais importante na minha agenda do que ir atrás deles e derrotá-los. A questão é, como é que vamos fazer isso de forma inteligente?”, acrescentou.

Obama disse que tanto os EUA quanto a Argentina compreendem a tristeza sentida pelos belgas “porque os países sentiram o flagelo do terrorismo”. Ele convidou o mundo para se unir lutando contra o que ele chamou de uma ação “sem sentido e vicioso”.

No entanto, Obama ofereceu poucos sinais de que planejava reorganizar sua estratégia diante dos ataques mais recentes em Bruxelas. O presidente disse que sua abordagem para combater o grupo tem evoluído constantemente “para enfrentar a ameaça” e ele promete permanecer estável

e resoluto.

O duplo ataque – no aeroporto e em uma estação na cidade de Bruxelas – matou ao menos 31 pessoas e feriu outras 274, segundo informou autoridades do Ministério Público belga nesta quarta-feira. Ao lado de Macri, Obama disse também que os EUA querem reconstruir a confiança perdida com a Argentina depois do golpe militar no país há 40 anos.

Ele reiterou a promessa de desclassificar documentos militares e de inteligência dos EUA sobre o papel dos Estados Unidos na ditadura militar, o que ele chamou de “período negro”. O presidente disse também que irá visitar um memorial para as vítimas da ditadura.

O governo da Argentina estima que cerca de 13 mil pessoas foram mortas ou desapareceram sob a força durante a repressão aos dissidentes de esquerda, embora ativistas dizem que o número chega a 30 mil. 

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