Em depoimento, Haddad reafirma pedido de propina de promotor para desistir de ação
O ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad (PT) foi à Corregedoria do Ministério Público e prestou depoimento nesta terça-feira (13) em inquérito que investiga um suposto pedido de propina pelo promotor de Justiça Marcelo Milani. De acordo com o petista, em entrevista dada à revista Piauí, o promotor havia pedido R$ 1 milhão para não entrar com uma ação judicial que tinha relação com a Arena Corinthians.
“Eu fui convocado a testemunhar sobre os fatos narrados na revista Piauí, reiterei o que havia dito e trouxe elementos para que a corregedoria possa chegar à verdade dos fatos. Porque o importante é saber o que é verdade nessa história, em função dos interesses do município”, afirmou Haddad.
A ação que Milani estaria se referindo era contra a lei que permitia que a Prefeitura de São Paulo emitisse R$ 420 milhões em títulos de Certificados de Incentivo ao Desenvolvimento. Esses documentos ajudariam o Corinthians a viabilizar a construção do estádio na região de Itaquera.
“Vamos pontuar porque a honra das pessoas é importante preservar. Eu recebi uma informação, deixei claro na revista que não tinha condição de aferir a veracidade da informação, não tinha como a Prefeitura investigar um membro do Ministério Público. Razão pela qual nós trouxemos, já há dois anos, ao conhecimento do membro do Ministério Público as informações”, disse o ex-prefeito.
“E agora, convocado para testemunhar, eu detalhei alguns aspectos importantes para que as investigações continuem o seu curso e nós possamos chegar à verdade”, completou.
Em nota, o promotor acusado disse que aguarda a apuração da Corregedoria do Ministério Público “confiante que o desfecho não será outro senão a demonstração inequívoca da falsidade de todas as assertivas lançadas” por Fernando Haddad.
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