Em discurso, Dilma rechaça sanções à Venezuela e cobra cooperação latina

  • Por Jovem Pan
  • 11/04/2015 13h11
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Cidade do Panamá - Panamá, 10/04/2015. Presidenta Dilma Rousseff participa do painel do Foro Empresarial das Américas – Unindo as Américas: Integração Produtiva para o Desenvolvimento Inclusivo. Foto: Roberto Stuckert Filho/PR Roberto Stuckert Filho/PR Presidenta Dilma Rousseff participa do painel do Foro Empresarial das Américas

Em seu discurso de abertura na VII Cúpula das Américas neste sábado (11), Dilma Rousseff destacou a importância da cooperação entre os países e frisou que o século XXI é um momento em que ações unilaterais não são mais aceitas. Dessa forma, ela felicitou os líderes dos Estados Unidos e de Cuba pela reaproximação diplomática e enfatizou que o Brasil discorda das sanções econômicas impostas à Venezuela porque o período atual “inaugura uma nova era na qual é uma exigência conviver com outras visões”.

A presidente destacou aqueles aos quais chamou de “os quatro maiores desafios” da atualidade, sendo eles a educação, a imigração, a violência e as mudanças climáticas.

Quanto à educação, Dilma afirmou que a conquista de retirar milhões de pessoas da miséria só poderá ser sustentada se essas famílias conseguirem ter acesso ao ensino. A esse novo ciclo que seria fruto da educação, a presidente chamou de “economia do conhecimento”, onde o Brasil, apesar de ser um país rico em natureza, deixaria de lado a produção de commodities para ter como meta a “inovação focada na pesquisa e na ciência”.

No que diz respeito à imigração, Dilma reforçou a ideia de que os governos se dedicassem a esse setor da política para que fosse garantido ao estrangeiro trabalho digno. “Não podemos tolerar xenofobia”, disse a presidente ao se referir aos maus tratos que por vezes são impostos aos que vêm de fora.

Quando falou de violência, o foco foram as drogas. “Não é possível pensar em segurança e combate às drogas de forma local”, afirmou ao retomar a ideia de cooperação entre as nações. Dilma também reforçou que essa luta envolve não só a repressão ao tráfico como também a prevenção e assistência aos dependentes.

O último elemento de destaque no discurso foi a necessidade de ênfase nas medidas de proteção ao meio ambiente. A presidente registrou suas expectativas na Conferência de Paris, que ocorrerá em 2016, e disse acreditar ser possível cumprir as decisões da Rio+20, que também tinha agenda ambiental. Dilma citou a crise hídrica que atinge o Brasil como exemplo de alteração na dinâmica climática no planeta. “A seca atingiu o sudeste do país, a região mais rica e que não havia sofrido com a seca até então”, pontuou.

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