Em pouco mais de um ano e meio, França sofre mais de quatro atentados; relembre

  • Por Jovem Pan
  • 14/07/2016 20h51
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Reprodução/Twitter Caminhão atropela multidão durante Dia da Bastilha em Nice; veja fotos

Atentado em Nice, na França, durante as festividades da Festa Nacional de 14 de julho, já não é o primeiro caso de terrorismo no país.

O ataque aconteceu durante uma queima de fogos em uma avenida da cidade Promenade des Anglais. A administração regional de Alpes-Maritimes, da qual Nice é a capital, confirma a realização do atentado por atropelamento por volta de 22h45.

Segundo o jornal francês Le Figaro, ao menos 76 pessoas morreram e 100 ficaram feridas. Há relatos de troca de tiros entre os ocupantes do caminhão e a polícia.

Em 2015, a França sofreu atentados sequenciais que deixaram centenas de mortos e traumatizaram o mundo todo. Pouco mais de um ano e meio depois, o país volta a ser alvo de novo ataque. A Jovem Pan Online relembra os principais ataques terroristas cometidos contra a França.

1. Charlie Hebdo

O ataque contra a revista satírica Charlie Hebdo ocorreu no dia 07 de janeiro de 2015 e deixou 12 mortos.

Os irmãos Saïd e Chérif Kouachi entraram na redação da revista armados com fuzis e mataram parte da equipe da publicação.

Todos os mortos foram identificados. São eles: o editor e cartunista Stéphane Charbonnier, conhecido como Charb, o lendário cartunista Wolinski, o economista e vice-editor Bernard Maris e os cartunistas Jean Cabu e Bernard Verlhac, conhecido como Tignous, além do também desenhista Phillippe Honoré, do revisor Mustapha Ourad e da psicanalista Elsa Cayat, que escrevia uma coluna quinzenal para a “Charlie Hebdo” chamada “Divan”.

Entre os outros mortos estão o policial Franck Brinsolaro, que foi morto dentro da sede da revista, e o agente Ahmed Merabet, que morreu na rua, durante a fuga dos terroristas. As outras duas vítimas fatais forma Frédéric Boisseau, funcionário do prédio, e Michel Renaud, que visitava a redação no dia do ataque.

Relembre:

2. Morte de policial

Uma guarda municipal é morta a tiros e um funcionário é gravemente ferido em Montrouge, no sul de Paris, no dia seguinte ao ataque ao Charlie Hebdo. Não se soube se o responsável foi um dos autores do atentado à revista Charlie Hebdo.

Irmão Kouachi são reconhecidos por um gerente de posto de gasolina perto de Villers-Cotterêt – 80 km ao nordeste da capital.

3. Sequestro em loja e em zona industrial

No dia 9 de janeiro de 2015, ocorreu um tiroteio em bloqueio policial. Os irmãos Kouachi foram reconhecidos por um motorista que teve seu carro roubado.

Fugitivos foram entrincheirados em uma pequena gráfica a 20km do aeroporto internacional de Roissy. Foi feito um refém na ocasião.

Mais tarde pelo menos dois foram mortos em tiroteio na Porte de Vincennes. Vários foram feitos reféns.

O suposto autor do assassinato da policial municipal fez como reféns várias pessoas em um mercado de produtos kosher.

Os sequestros acabaram quase que simultaneamente com ataques aos jihadistas na gráfica e no mercado.

Os irmão Kouachi foram mortos em Dammartin-en-Goële ao saírem atirando contra o efetivo policial. O refém foi libertado. Já no mercado judaico, a ação terminou com cinco mortos, incluindo o sequestrador.

4. 13 de novembro de 2015

Nove ataques ocorreram em um intervalo de apenas 40 minutos, o que demonstra que houve uma grande coordenação e planejamento do Estado Islâmico, autor dos ataques. 130 pessoas foram mortas durante as ações. Oito terroristas morreram nas ações; sete eram homens-bomba. 

Confira detalhes dos atentados abaixo:

– Rue de la Fontaine-au-Roi

Foram disparados tiros contra o terraço La Casa Nostra. O suspeito tinha uma metralhadora.
Cinco pessoas foram mortas e oito ficaram feridas.

– Rue de Charonne
Dois atiradores atiraram contra as pessoas no terraço do La Belle Équipe.
Polícia confirmou que 18 pessoas foram mortas.

– Boulevard Voltaire
Terrorista detonou colete suicida nas proximidades do teatro Bataclan.

– Ruas Bichat e Alibert
Terroristas dispraram contra pessoas que estavam na parte externa do café Le Carillon. Ao saírem de lá, atacaram o restaurante Le Petit Cambodge. Segundo a polícia francesa, 11 pessoas foram mortas no restaurante.

Os suspeitos fugiram após os tiroteios.

– Stade de France
Três explosões ocorreram perto do Stade de France, em Saint-Denis. Ao menos cinco foram mortos. As explosões ocorreram com pequenos intervalos entre 15 e 25 minutos cada uma.

A primeira explosão, às 21h30, deixou ao menos três torcedores mortos. O primeiro terrorista detonou seu cinto de explosivos ao tentar entrar pelo portão J do estádio.

Durante a transmissão do jogo entre França e Alemanha mais duas explosões foram ouvidas. O presidente da França, François Hollande, teve de deixar o estádio Stade de France, onde acompanhava uma partida entre França e Alemanha, após as explosões de bombas ao redor do local.

As fontes de segurança confirmaram que as três explosões foram atentados suicidas.

A explosão que aconteceu nas proximidades do local do jogo foi tão forte que a transmissão oficial da partida captou o som que assustou tanto os jogadores quanto torcedores que lotaram a arena.

Assista a reprodução feita no Twitter pelo perfil @photosofootball:

– Massacre no Bataclan

Terroristas abriram fogo contra um público de aproximadamente 1,5 mil pessoas assistiam ao show da banda Eagles of Death Metal. Quatro homens munidos de fuzis AK-47 entraram no salão e mataram cerca de 89 pessoas no pior ataque à França na história recente.

Terroristas

– Abdelhamid Abaaoud – atacou os bares e restaurantes, indicado como o líder dos atentados (morto)
– Salah Abdeslam – levou terroristas ao Bataclan, indicado como o responsável pela logística dos terroristas
– Brahim Abdeslam – atacou os bares e restaurantes (morto)
– Ismael Omar Mostefai – atacou o Bataclan (morto)
– Mohamed Abrini – fugiu dos locais de ataques
– Samy Amimour – atacou o Bataclan (morto)
– Bilal Hadfi – atacou o Stade de France (morto)
– Ahmad Al-Mohammad (identidade não confirmada) – atacou o Stade de France (morto)
– Fued Mohamed Aggad – atacou o Stade de France (morto)

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