Em resposta a Doria, concorrentes da Amazon anunciam doações a escolas de SP
A troca de provocações entre a empresa americana Amazon e o prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), na redes sociais na segunda-feira (27), e na terça-feira (28), deve render frutos para a gestão municipal. Após o tucano reagir a uma propaganda da empresa de comércio eletrônico, sugerindo que ela fizesse doações à cidade, concorrentes brasileiros aproveitaram a brecha para anunciar ações no município.
No Twitter, a brasileira KaBum! divulgou a doação de computadores e tablets a escolas municipais de São Paulo. Já a Livraria Saraiva comentou diretamente na página de Doria no Facebook que também gostaria de participar da iniciativa, texto que foi respondido pela equipe do prefeito solicitando um contato para viabilizar a ação.
Em resposta, a Amazon anunciou na noite de terça-feira que vai oferecer um livro digital grátis para usuários cadastrados, reunindo uma seleção de 36 títulos de ficção, história, filosofia e autoajuda, como o primeiro volume da autobiografia do ex-primeiro-ministro britânico Winston Churchill, a distopia “Laranja Mecânica”, de Anthony Burgess, e o clássico nacional “O Alienista”, de Machado de Assis.
Além disso, adiantou que deve doar leitores de livros digitais para “instituições promovem cultura e educação”.
Na segunda-feira, a Amazon usou a “guerra contra os pichadores” deflagrada pelo tucano na capital paulista como pano de fundo do primeiro comercial do leitor de livros digitais Kindle para o Brasil. No vídeo, trechos de obras famosas são projetados em muros pintados de cinza, em referência à ação que a Prefeitura tem desenvolvido desde o começo da gestão Doria, há quase três meses.
“Cobriram a cidade de cinza?”, é a primeira frase que o comercial exibe, seguida de diversas imagens de paredes e muros em São Paulo com projeções dos livros.
Em resposta, Doria publicou um vídeo na terça-feira no qual pedia que a empresa fizesse doações para a cidade. “Existem várias formas da Amazon ter uma postura cidadã autêntica e não oportunista”, escreveu.
“Já que a Amazon gosta tanto de São Paulo, gosta tanto do Brasil, ajude a nossa cidade, ajude a quem precisa. Se vocês gostam realmente, doem livros para as bibliotecas, doem computadores para as escolas municipais, doem aquilo que a população precisa, para fazer dessa cidade uma cidade mais feliz”, disse.
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