Em vídeo, presidente da Volkswagen se desculpa por escândalo de poluentes

  • Por Agencia EFE
  • 22/09/2015 15h40

Frankfurt (Alemanha), 22 set (EFE).- O presidente do grupo automotivo alemão Volkswagen, Martin Winterkorn, se desculpou nesta terça-feira em um vídeo pela manipulação das emissões de gases poluentes nos veículos a diesel vendidos nos Estados Unidos.

Diante dos crescentes pedidos para que renuncie, Winterkorn prometeu hoje “uma explicação transparente e rápida e voltar a fazê-lo bem”.

“As irregularidades nos motores diesel de nosso consórcio contradizem tudo o que a Volkswagen apoia”, disse Winterkorn, de 68 anos, que afirmou não ter “neste momento todas as respostas a todas as perguntas”.

“Lamento infinitamente que tenhamos decepcionado essa confiança. Me desculpo de todas as formas aos nossos clientes, às autoridades e à opinião pública por este comportamento incorreto”, acrescentou.

O escândalo fez aumentar a pressão para que ele renuncie. Seu contrato atual expira no final de 2016, e recentemente tinha sido prolongado até dezembro de 2018.

O jornal alemão “Tagesspiegel” informou hoje que Winterkorn será substituído na sexta-feira pelo presidente da Porsche, Matthias Müller, na reunião do conselho de supervisão da companhia, informação que a Volkswagen não confirmou.

A Agência de Proteção Meio Ambiental dos EUA (EPA) detectou uma manipulação nas provas de certidão de veículos a diesel da Volkswagen através de um software, que disfarçava que emitiam gases poluentes em níveis até 40 vezes superiores ao permitido

A Volkswagen reconheceu ter manipulado os dados de emissões poluentes de vários dos modelos a diesel que comercializa nos EUA, e pela infração pode ser punida com uma multa de US$ 18 bilhões.

A França, que pediu uma investigação europeia sobre o cumprimento das normas ambientais pelos fabricantes de carros após o escândalo nos EUA, anunciou hoje que lançou sua própria investigação.

A ministra francesa de Ecologia, Ségolène Royal, explicou que, para realizar essa “investigação em profundidade” pediu às autoridades competentes americanas que repassem “todos os elementos de informação pertinentes que permitam apreciar a natureza da fraude e os meios para detectá-la”.

EFE

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